De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), em 2018, cerca de 60% da produção brasileira foi escoada pelo modo de transporte rodoviário. Para proporcionar qualidade ao transporte, essas rodovias precisam atender a requisitos mínimos de resistência e drenabilidade, que iram proporcionar maior segurança e conforto ao usuário. Entretanto, nem sempre o solo local possui características geotécnicas mínimas que atendam aos requisitos de projeto. Para Machado et al. (2003), a carência de solos que possuem características exigidas pelos órgãos rodoviários, torna-se um empecilho para o setor de transportes no Brasil. Para resolver a problemática da carência, existem algumas alternativas, entre elas: mudança das características da obra para se adequar ao solo, mudança do solo, ou estabilização do solo local. No que se refere a essa última alternativa, ela consiste no melhoramento do solo através da adição de materiais como cimento, cal, sílica, entre outros. O presente trabalho apresenta o uso de sílica em comparação com o uso de cimento, para a estabilização de um solo de baixa qualidade, com a porcentagem de 15% de sílica ativa, bem como para o cimento, visto que se trata de um estudo comparativo. As características analisadas que para determinar o melhoramento são referentes à granulometria, plasticidade, massa específica, umidade ótima, além de CBR para determinação da resistência, juntamente com a expansão. Os resultados mostram que o uso da sílica contribui significativamente para a estabilização, mesmo que em menores porcentagens quando comparado ao uso do cimento. Entretanto, essa é uma alternativa que pode ser analisada de acordo com a viabilidade da utilização para as particularidades da obra a que for submetida.