INTRODUÇÃOO agregado sinterizado de argila calcinada (ASAC) apresenta-se promissor para localidades que apresentam dificuldades na obtenção de materiais pétreos, com vistas à produção de agregado graúdo (brita), e ao mesmo tempo possuem abundância de solos argilosos. Esta é a realidade presente em grandes regiões do Brasil, com destaque na pavimentação asfáltica de rodovias em trechos distantes dos centros urbanos, como são os casos da BR 163 (Santarém, PA -Cuiabá, MT) e BR 319 (Manaus, AM -Porto Velho, RO), situações em que os agregados de argila calcinada se mostram viáveis técnica e economicamente [1-3].
ResumoNa análise mecanicista das misturas asfálticas, o módulo complexo é um parâmetro de importância fundamental para formulação de modelos constitutivos de sua estrutura, pois retrata tanto a parcela do comportamento elástico, decorrente dos agregados, quanto o comportamento viscoso, advindo do ligante asfáltico. A primeira é representada pelo módulo dinâmico e a segunda pelo ângulo de fase. Ambos os parâmetros dependem da temperatura e da frequência de carregamento. Como não é possível medi-los para toda temperatura e carregamento, obtêm-se funções que representem esses parâmetros, utilizando-se tanto ajustes genéricos como modelos de previsão do comportamento. Analisou-se a viabilidade de diversas modelagens referente ao módulo dinâmico de compósitos asfálticos com argila calcinada, obtidos mediante ensaios de flexão a quatro pontos. Observou-se que podem ser utilizados com eficiência tanto regressões múltiplas não lineares quanto as curvas mestras, com translação entre frequência e temperatura. Equações fenomenológicas também podem ser empregadas com precisão, por meio das quais é possível extrapolar os dados, obtendo-se o valor de equilíbrio do módulo dinâmico quando a frequência tende ao infinito. Palavras-chave: mistura asfáltica, módulo dinâmico, argila calcinada, agregado sinterizado de argila calcinada, modelagem matemática.
AbstractIn