2011
DOI: 10.1590/s1517-45222011000200014
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Sartre e o humanismo racista europeu: uma leitura sartriana de Frantz Fanon

Abstract: Centrado no livro de Sartre, "Colonialismo e Neocolonialismo - Situações V", e no seu prefácio escrito para o livro Les Dammés de La Terre, de Frantz Fanon, o presente artigo propõe percorrer algumas considerações sartrianas a respeito de Fanon e o colonialismo francês na Argélia, tendo como pano de fundo a complexidade das relações sociais em países colonizados. Como representantes do pensamento anticolonial e críticos das alienações geradas pelo colonialismo, Sartre e Fanon elaboraram críticas radicais sobre… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2015
2015
2018
2018

Publication Types

Select...
2

Relationship

0
2

Authors

Journals

citations
Cited by 2 publications
(1 citation statement)
references
References 1 publication
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…A visão de Jean-Paul Sartre sobre o racismo imperialista europeu de conquistas, as guerras e dominações coloniais, sobre as práticas de intolerância, exploração e humilhação dos povos subjugados, assim como sua crítica sobre uma forma nacional francesa de tradições racistas, que teria se desdobrado na colonização, era uma tentativa de convencer outros intelectuais franceses de que o neocolonialismo seria uma realidade que não poderia ser tratada com indiferença; para o filósofo, o colonizador que escraviza outro homem como se fosse um pedaço de carvão , facilmente substituível por um sangue novo negro, carregaria em 4 seu ser uma ânsia de exploração e espoliação das riquezas naturais, sem limites; para o colonizador, o importante era espoliar as riquezas tropicais das colônias para serem transformadas em manufaturas na metrópole, não importando o homem cultural, dotado de sentimentos, de língua, de religiosidade, mas apenas sua força, sua mão-de-obra a serviço da nação colonizadora (ARANTES, 2011).…”
Section: åSbjørn Melkevik 2 1 Two Kinds Of Autonomy -Legal and Indivi...unclassified
“…A visão de Jean-Paul Sartre sobre o racismo imperialista europeu de conquistas, as guerras e dominações coloniais, sobre as práticas de intolerância, exploração e humilhação dos povos subjugados, assim como sua crítica sobre uma forma nacional francesa de tradições racistas, que teria se desdobrado na colonização, era uma tentativa de convencer outros intelectuais franceses de que o neocolonialismo seria uma realidade que não poderia ser tratada com indiferença; para o filósofo, o colonizador que escraviza outro homem como se fosse um pedaço de carvão , facilmente substituível por um sangue novo negro, carregaria em 4 seu ser uma ânsia de exploração e espoliação das riquezas naturais, sem limites; para o colonizador, o importante era espoliar as riquezas tropicais das colônias para serem transformadas em manufaturas na metrópole, não importando o homem cultural, dotado de sentimentos, de língua, de religiosidade, mas apenas sua força, sua mão-de-obra a serviço da nação colonizadora (ARANTES, 2011).…”
Section: åSbjørn Melkevik 2 1 Two Kinds Of Autonomy -Legal and Indivi...unclassified