RESUMOO pensamento brasileiro sobre o rural, na atualidade, debate temas como ruralidades/urbanidades, teorias de campesinato/novos nominalismos, com indícios de um movimento teórico de crítica e desconstrução de metanarrativas e do próprio conceito de camponês nelas fundado, frente à emergência de um novo nominalismo. Novas configurações da vida social provocam modulações significativas na construção conceitual de rural e urbano, de modo que as dimensões geográficas, socioeconômicas, culturais, naturais, específicas, são tomadas, cada vez mais, relacionalmente. A discursividade teórica de "rural" como categoria do pensamento enfrenta mudanças socioeconômicas, demográficas, culturais, que levam a se pensar campo, cidade e sua relação com representações do espaço rural extrapolando características paisagísticas e formas de uso dos bens naturais, para além de uma base físicoespacial, e como forma de percepção e representação cultural e identitária. Rural e urbano, longe de se oporem como espaços geográficos ou de realização de determinadas atividades, são pensados como construções simbólicas. Neste contexto, torna-se incontornável a reflexão sobre direções do texto brasileiro sobre ruralidades.