O transplante de medula óssea (TMO) é uma modalidade terapêutica que se destina ao tratamento de doenças com uso de altas doses de agentes quimioterápicos, associados ou não à radioterapia corporal. A reconstituição hematopoiética do paciente é feita pela infusão de células viáveis da medula óssea ou do sangue periférico. Este artigo apresenta um estudo epidemiológico do TMO no serviço de oncologia do Hospital Araújo Jorge (HAJ), em Goiânia (GO). Foram analisados 106 prontuários, com base nas seguintes variáveis: idade, sexo, tipo de transplante, patologia de base e fonte celular. A média de idade dos pacientes foi de 29,5 anos. De 2000 a 2004 houve aumento significativo na freqüência percentual de transplantes, sendo que o sexo masculino representou 60,4%. As patologias de base mais freqüentes foram o mieloma múltiplo (24 casos) e a leucemia mielóide aguda (22 casos). Como transplantes, prevaleceram os autólogos (55/106), de grande valia contra o câncer. As células-tronco de sangue periférico (58,5%) foram a fonte celular mais utilizada. O sangue é uma fonte cada vez mais freqüente de células-tronco para o transplante. No HAJ, o número de transplantes cresce a cada ano, como pode ser constatado no decorrer deste trabalho. Com isso, a equipe responsável pelos transplantes, em função da experiência adquirida nos mais de cem TMOs realizados, passa a figurar entre as principais da área, no país.