2004
DOI: 10.1590/s1516-14982004000200001
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Uma melancolização do laço social?

Abstract: Interrogando-se sobre as vizinhanças epistêmicas entre antropologia e psicanálise, o autor expõe em os procedimentos de instituição do Terceiro e do interdito estão em crise nas modernidades, com as conseqüências clínicas desta crise. O trabalho sobre o laço social, sua melancolização, permitiria reatar os fios do diálogo e dos encontros entre antropólogos e psicanalistas.

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2010
2010
2020
2020

Publication Types

Select...
3

Relationship

0
3

Authors

Journals

citations
Cited by 3 publications
(2 citation statements)
references
References 2 publications
(1 reference statement)
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…Assim, conforme a psicanalista argentina, seria fundamental pensar em termos de restituição de "um espaço em que o desejo do sujeito possa ser afirmado", de modo que, a partir desse espaço, desse lugar, o sujeito possa inventar para si uma maneira de ser e estar no mundo. Douville (2004) escreveu sobre a possibilidade da ausência desse "alojamento no Outro" em situações de colonização, mas o fez usando outros termos, levantando questões similares às de Nicoletti (2000) quando relata sua experiência na Ilha da Reunião -território ainda francês, ao leste de Madagascar. Em seu texto, o autor conta o que observou em relação à língua crioula na região, como o fato de os colonos estabelecerem uma "relação violenta e possessiva -às vezes vergonhosa -com a língua crioula, língua "materna" da maioria, dado também a sua influência nas afasias devastadoras de um discurso colonial" (Douville, 2004, p. 180).…”
Section: Por Uma éTica Radical Da Escutaunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Assim, conforme a psicanalista argentina, seria fundamental pensar em termos de restituição de "um espaço em que o desejo do sujeito possa ser afirmado", de modo que, a partir desse espaço, desse lugar, o sujeito possa inventar para si uma maneira de ser e estar no mundo. Douville (2004) escreveu sobre a possibilidade da ausência desse "alojamento no Outro" em situações de colonização, mas o fez usando outros termos, levantando questões similares às de Nicoletti (2000) quando relata sua experiência na Ilha da Reunião -território ainda francês, ao leste de Madagascar. Em seu texto, o autor conta o que observou em relação à língua crioula na região, como o fato de os colonos estabelecerem uma "relação violenta e possessiva -às vezes vergonhosa -com a língua crioula, língua "materna" da maioria, dado também a sua influência nas afasias devastadoras de um discurso colonial" (Douville, 2004, p. 180).…”
Section: Por Uma éTica Radical Da Escutaunclassified
“…(Douville, 2004, p. 180) A escuta incidiria, para o autor, nessa possibilidade de enredar/desenredar o que é relativo ao "trauma histórico" e o que é relativo ao "acidente singular". Retomando a potência da proposta freudiana de escuta, Douville (2004) nos convida a refletir acerca da importância de escutar as "palavras banidas", em um movimento que possibilite ao sujeito uma certa restituição do seu lugar de dizer, de uma certa apropriação do seu direito à palavra. O psicanalista alerta, desse modo, para o risco advindo de uma posição de "neutralidade" do lado daquele que se propõe escutar, pois em situações de denominada "melancolização do laço" o Outrorepresentado pelo analista, pelo professor ou outros -costuma se apresentar como absoluto.…”
Section: Por Uma éTica Radical Da Escutaunclassified