Desfechos relacionados à gravidez em áreas contaminadas, SP, Brasil

Abstract

OBJETIVO: Estimar e comparar a prevalência dos eventos relacionados à gravidez (engravidar, baixo peso de nascimento, parto prematuro, aborto espontâneo, natimortalidade, malformações congênitas e gemelaridade) em populações exposta e não-exposta aos contaminantes ambientais na região do estuário de Santos e São Vicente. MÉTODOS: O estudo fez parte de um amplo projeto financiado pelo CNPq, que teve como objetivo estimar os efeitos à saúde associados à exposição aos contaminantes ambientais entre os moradores da Baixada Santista. O estudo transversal avaliou dois bairros do município de São Vicente, próximos a uma área contaminada, e um bairro no município de Bertioga, área controle. Para a obtenção dos dados foi aplicado um questionário estruturado e pré-testado em 236 domicílios em São Vicente e 251 domicílios em Bertioga. Para avaliar associações entre a área e as variáveis qualitativas utilizouse o teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher; para avaliar as diferenças entre as variáveis, o teste t de Student ou o teste de comparação de duas proporções, e adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: Houve associação significativa entre morar em Bertioga (p = 0,01) e o número de gestações ocorridas nos últimos cinco anos. Em São Vicente, 64 (28,3%) mulheres em idade fértil engravidaram, enquanto em Bertioga foram 109 (38,8%). Não houve associações estatísticas significativas nas áreas com os demais desfechos da gravidez avaliados. CONCLUSÕES: As prevalências e as razões de chances prevalentes de baixo peso ao nascer, nascimentos prematuros e abortos espontâneos foram maiores nas áreas contaminadas, sem associações significativas. A evidência do estudo de diminuição do número de gestações na área contaminada reforça a necessidade de aprofundamento de estudos na região do estuário de Santos e São Vicente.

Factors associated with spontaneous abortion: a systematic review

“…In addition, it also triggers placenta praevia, premature placental displacement and, also, crosses the transplacental barrier, causing problems to the fetus as restriction of fetal growth. [23][24][25][26] As in other cases, this relationship has not been identified in other studies. 9,16,18 Spontaneous abortion was also associated with passive smoking in Japanese young women, 9,23,27 with an increase of 11.5% in women aged 20 to 29 and 5.8% in women aged 30 to 39, constituting an emerging public health problem in Japan for women of reproductive age .…”

Early Abortions and Congenital Malformations

“…12 This is relevant, especially when a case-control study carried out in the Santos basin, showed that areas contaminated with industrial waste had adverse pregnancy outcomes such as abortion and congenital malformation more prevalent than uncontaminated áreas. 12 Ribeirão Preto presents, as of 2012, an increase in its abortion rate. This period temporally coincides with the exponential growth of its agricultural plantation, as we can see in Tables 2 and 3.…”

“…6,7 Thus, environmental agents have the potential to cause damage to the developing embryo or fetus. 8 The passage through the placental barrier can lead to anomalous placentation, alteration of the trophoblast regulatory pathway and cell viability, 9 congenital malformations, 10 abortion, and fetal death 11,12 neurodevelopmental disorders 13 among others. In addition, a study carried out in Cambodia found a negative association between birth length and maternal levels of pesticides.…”

Avaliação de saúde e do perfil metabólico de mulheres trabalhadoras inseridas no arranjo produtivo domiciliar e informal de joias e bijuterias de Limeira, SP

“…Há uma crescente preocupação acerca dos efeitos no sistema reprodutivo das grávidas a EPT. Diversos estudos trazem evidências de que fetos e bebês podem ser mais suscetíveis as diversas variações de elementos potencialmente tóxicos presentes no ambiente, quando comparados a adultos (Guimarães et al, 2011). Os riscos reprodutivos das mulheres estão relacionados aos fatores que afetam a saúde sexual e relacionados à gestação (Sangra, 2020).…”