O objetivo do estudo foi analisar os benefícios percebidos por mulheres com depressão após a participação em um programa de práticas corporais realizado no Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo quase-experimental realizado na Unidade básica de Saúde (UBS) do Município de Bozano-RS, com 12 mulheres, adultas, sedentárias, medicadas para a depressão. Como critério de exclusão foi utilizado a frequência no programa de práticas corporais de no mínimo 75%. O programa de atividades físicas era baseado em atividades lúdicas, consistiu-se em 16 sessões semanais, com duração de 50 minutos por encontro. Foi aplicada uma entrevista semiestruturada interpretada por análise de conteúdo. As mulheres tinham média de idade de 53,08±14,04 e relataram que participar do programa contribuiu nos seguintes aspectos: diminuição de dores corporais (n=6); descontração (n=4); para entender melhor a doença (n=3); melhora do humor e alegria (n=3); para tratar a depressão (n=2 socialização (n= 1); para ser mais ativo fisicamente (n=1); para melhoria da saúde (n=1); maior disposição (n=1); melhora da agilidade (n=1). Conclui-se que a prática corporal para mulheres diagnosticadas com depressão pode proporcionar diversos benefícios na percepção das mesmas.