Modelagem agrometeorológica para estimação do desenvolvimento e da produção de jiló

Abstract

O jiloeiro é uma hortaliça tipicamente tropical, com grande exigência térmica e hídrica, representando importância econômica em diversas regiões no Brasil. Objetiva-se com esse trabalho desenvolver e testar modelos para previsão de características fenométricas vegetativas, como altura da planta, biomassa seca e fresca da parte aérea, número de folhas e área foliar por planta, além das relacionadas diretamente à produção, como o número acumulado de frutos (NFRUTOS) e produção acumulada por planta (PAP), em função de graus-dia, para quatro cultivares de jiló, sendo duas comerciais (Esmeralda e Verde Claro) e duas introduzidas pelo IAC (Cardoso e Bernacci). O índice térmico permitiu bons ajustes das regressões lineares apresentando elevados valores de coeficientes de determinação (R2) para a maioria das características estudadas. O teste das equações foi feito com dados do segundo ano produtivo, para as cultivares Cardoso e Bernacci visando às características NFRUTOS e PAP, apresentando bom desempenho devido aos elevados valores de R2 e todas dentro do intervalo de confiança de 95% de probabilidade. Desta forma, o método proposto, ajustado para as cultivares de interesse, torna-se ferramenta relevante para estimações de início e duração de estádios fenológicos, tal como a produtividade final em jiloeiros.

Estimativa Da Temperatura Do Ar E Da Evapotranspiração De Referência No Estado Do Rio De Janeiro

“…Diversos estudos têm mostrado que o bom desenvolvimento das culturas agrícolas não está associado apenas aos fatores solo e planta, mas principalmente, aos fatores climáticos (GADIOLI et al, 2000), que apresentam grande importância na determinação de épocas de plantio, crescimento vegetal (PEARSON et al, 1994), disponibilidade térmica (CARGNELUTTI FILHO et al, 2008), evapotranspiração (ALLEN et al, 2011), etc. A temperatura do ar é uma das variáveis que mais interferem no desenvolvimento das plantas (LUCAS et al, 2012) e tem sido utilizada como variável de entrada em modelos ambientais (CHARLES et al, 2008), principalmente na modelagem agrometeorológica, que busca quantificar o efeito do clima no crescimento e no desenvolvimento das plantas (ROLIM et al, 2011). Visando o uso desses modelos, que possibilitam estudar a melhor adaptação dos vegetais em diferentes regiões e épocas de cultivo (ANTONINI et al, 2009), é fundamental o uso de informações espaciais de variáveis climáticas, e buscando-se minimizar os efeitos da escassez de estações meteorológicas, análises de regressão múltiplas tem sido utilizadas visando a estimativa da temperatura do ar em função de diferentes variáveis fisiográficas.…”