“…(Gardner, 2002a, p. 3) No entanto, o construto da síndrome é controverso na literatura e tem recebido diversas críticas, por exemplo, pelo fato de a terminologia utilizada para descrever suas principais características ser considerada vaga e ambígua, pela falta de evidências científicas para sua corroboração e devido à sua não aceitação por uma organização oficial, como o CID (Classificação Internacional de Doenças) e por manuais de psiquiatria, como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) (O'Donohue, Benuto, & Bennett, 2016). No Projeto de Lei (PL 4053/2008), que deu origem à Lei 12.318/2010, os termos Síndrome de Alienação Parental e Alienação Parental são utilizados como sinônimos, sendo mencionada, inclusive, a teoria proposta por Richard Gardner em sua fundamentação, fazendo referência a aspectos emocionais e psicológicos encontrados em crianças que seriam vítimas de alienação (Sousa & Brito, 2011). Porém, como salientam Montezuma, Pereira e Melo (2017), no texto da lei, não há menção ao termo síndrome e sim ato.…”