“…Dada a variedade de produção científica sobre o Acompanhamento Terapêutico na Psicologia e a falta de clareza quanto aos comportamentos constituintes e delimitadores desse fazer, há dificuldade na elaboração de uma definição consensual para a atuação do psicólogo como acompanhante terapêutico. Isso parece ter sinalizado para a necessidade de realização de estudos com o objetivo de caracterizá-lo: (a) historicamente, afirmando que o Acompanhamento Terapêutico surgiu de derivações de propostas psicanalíticas e movimentos político-ideológicos, com funções em oposição à internação e que atuou e atua em uma espécie de setting "ambulante" (Alvarenga, 2006;Araújo, 2005;Neto, Pinto, & Oliveira, 2011;Pitiá & Santos, 2006); (b) como fazer, atuando em casos que envolvem diversas temáticas, como a inclusão, a drogadição, o alcoolismo, a depressão pós-parto, pacientes com diagnóstico psiquiátrico e pacientes com transtornos orgânicos (Fujihira, 2006;Fraguas & Berlinck, 2001;Londero & Pachecho, 2006;Marinho, 2009;Neto & Amarante, 2013;Palombini, 2006;Sereno, 2006;Silva & Silva, 2006); e (c) a partir de seu perfil profissional no Brasil, que em geral é um fazer exercido por estudantes, por meio de estágios, onde o acompanhante terapêutico é percebido como coadjuvante no tratamento, mas com papel ativo, de grande importância e que atua "diretamente" no ambiente em que o paciente está inserido (Figueiredo, 2009;Kischbaum & Rosa, 2003;Marco & Calais, 2012;Nogueira, 2009).…”