“…Se não conseguir transitar de forma gradual e flexível por essas mudanças, encontrará empecilhos para enfrentar tais conflitos (Hornstein, 2006;Machado & Macedo, 2016). As problemáticas envolvidas nessa transição podem desencadear psicopatologias, e a clínica, nesse sentido, constitui uma alternativa que possibilita um destino às dificuldades dos adolescentes (Cimenti, 2009;Macedo, Werlang & Dockhorn, 2008).A clínica psicanalítica na adolescência se fundamenta nos conceitos centrais da psicanálise, mas com menos uso da interpretação, considerando as especificidades dessa fase e a forma de comunicação desses pacientes (Barber, Muran, McCarthy & Keefe, 2013;Keidann & Dal Zot, 2015). O modo como os adolescentes chegam para o atendimento é um aspecto que precisa ser considerado, pois a maioria é encaminhada para psicoterapia por outras pessoas -pais, cuidadores, instituições -e por isso iniciam o tratamento com Resumo: Fenômeno frequente, embora pouco estudado, o abandono da psicoterapia por parte de adolescentes é preocupante, visto que uma expressiva parcela deles possui problemas de saúde mental.…”