Motivos de abandono do tratamento antirrábico humano pós-exposição em Porto Alegre (RS, Brasil)

Abstract

A raiva é uma doença endêmica no Brasil, com letalidade de 100%. O número de casos tem diminuído, porém o de tratamento pós-exposição continua elevado, assim como o de abandono. O objetivo do estudo foi investigar as causas do abandono do tratamento antirrábico humano pós-exposição em Porto Alegre (RS), no segundo semestre de 2006. Foi utilizado o delineamento de série de casos, sendo selecionados 280 casos por amostragem aleatória sistemática entre os 962 registrados no Sinan como abandono de tratamento. Os dados foram coletados em entrevistas domiciliares, utilizando-se questionário específico. Segundo os entrevistados, 66,4% concluíram o número de vacinas prescritas, não estando esses dados registrados no Sinan. Entre aqueles que foram confirmados como abandono (94/280), 24,5% referiram não ter considerado necessário completá-lo, e 13,8% não se sentiram orientados sobre como proceder. Somente em 19,1% dos casos houve a busca ativa dos faltosos pelos serviços de saúde. O registro no Sinan apresenta falhas. Estas ocorrem devido ao fato de o paciente iniciar o tratamento em um serviço de saúde e dar continuidade em outro, não havendo retroalimentação do sistema com dados sobre a sua conclusão.

Perfil Epidemiológico Dos Atendimentos Antirrábicos Humanos No Município De Chapecó, Sc

“…Busato et al (2014) chamam a atenção para o fato de crianças e adolescente de até 15 anos serem mais susceptíveis a ataques de caninos por frequentarem com mais assiduidade quintais de suas casas, parques e ruas como áreas de lazer. Quanto às notificações envolvendo as faixas etárias entre 20 ate os 59 anos, idade economicamente ativa, estudos citam o deslocamento em vias públicas como principal fator de risco para os ataques (VELOSO et al, 2011;OLIVEIRA et al, 2012;CAVALCANTE, FLORENCIO e ALENCAR, 2017). Ainda, Tabela 1 -Percentual de notificações de atendimentos antirrábicos no município de Chapecó, segundo a ocupação, 2012 a 2016.…”

“…Total Percentual (%) Veloso et al (2011) apontam que adultos teriam maior suscetibilidade aos ataques devido a atividades laborais em que estão inseridos os cuidadores de animais e carteiros.…”

“…Embora a média de atendimentos antirrábicos tenha variado pouco entre os sexos, houve predominância dos acidentes em indivíduos do sexo masculino, o que corrobora com outros estudos relacionados ao perfil epidemiológicos de atendimentos antirrábicos no Brasil (VELOSO et al, 2011;BUSO e SILVA, 2013;SILVA et al, 2013;SILVA e COSTA, 2016;CAVALCANTE;FLORÊNCIO e ALENCAR, 2017).…”

Aspectos da vigilância epidemiológica das vítimas de mordeduras em São Luís, Maranhão

“…No Brasil, sempre que ocorrer agressão animal, deve ser realizado a anamnese completa, obtendo todas as informações para a correta indicação do tratamento e registro dos dados na Ficha de Atendimento Antirrábico Humano do Sistema de Informação de Agravos de Notificação -SINAN. Logo após a agressão, deve ser feita a limpeza da lesão e, quando necessário, a administração da vacina contra a raiva, associada ou não ao uso de soro ou imunoglobulina humana 5 .…”

<b>Perfil do tratamento profilático antirrábico humano no sul do Brasil / Profile of human anti-rabies prophylactic treatment in southern Brazil

“…Caso esta evolua e esse ser humano não tenha recebido imunobiológicos (vacina e/ou soro heterólogo ou homólogo), surgindo os sintomas, poderá progredir para a morte. Portanto, são de fundamental importância o conhecimento e a discussão de estratégias para esse grupo em específico, visto que em inúmeras pesquisas foi constatada maior incidência na faixa etária dos menores de 15 anos (8,10,12,13) , justificando, assim, a faixa etária de zero a 15 anos, escolhida para o estudo.…”