“…Um é a herança cultural e ideológica brasileira sobre a APS, vista como serviços de saúde pública de prevenção, educação e vigilância, com atuação clínica apenas em situações epidemiologicamente relevantes 17 . Houve alguma mudança desse ideário na direção da promoção da saúde 18 , na qual persiste, porém, um afastamento da clí-nica do adoecido. Tal visão, associada à 'aversão' à clínica e à busca por atuação nos determinantes sociais 19 , desvia as discussões da Saúde Coletiva do cuidado clínico, tanto no ambiente da APS 20 quanto, provavelmente, na estruturação do cuidado especializado no SUS, inibindo-a.…”