Avaliação ecotoxicológica de efluentes tratados por alagados construídos

Abstract

RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de alagados construídos com fluxo subsuperficial horizontal cultivados com as macrófitas aquáticas Eleocharis sp. (junco) e Typha sp. (taboa) na redução da toxicidade de efluentes domésticos. Para isso, foram utilizados ensaios ecotoxicológicos com o microcrustáceo Daphnia similis, a dicotiledônea Lactuca sativa (alface), a monocotiledônea Sorghum vulgare (sorgo) e as macrófitas aquáticas Lemna sp. (lentilha-d’água) e Azolla sp. O efluente doméstico mostrou-se tóxico à Daphnia similis com média de EC50 de 1,3%. Os tratamentos com macrófitas reduziram significativamente a toxicidade do efluente, com médias de EC50 de 73% para o tratamento com junco, 53,17% para o com taboa e 78,25% para o com taboa + junco. O controle (sem macrófitas) também reduziu significativamente a toxicidade, com média de EC50 de 63,13%. Nos ensaios de fitotoxidade, a alface e o sorgo não se mostraram sensíveis ao efluente analisado, embora sejam para outros tipos de efluentes. A macrófita Lemna sp. também não foi sensível ao efluente estudado, no entanto, observou-se a capacidade de identificar, com essa espécie, o potencial eutrofizante do efluente, já que esta se desenvolveu melhor no efluente bruto do que nos tratados. Com a macrófita Azolla sp., foi possível verificar que o efluente bruto apresenta maior potencial eutrofizante se comparado com os tratamentos com junco, taboa e controle, nos quais houve remoção de nitrogênio e fósforo. No entanto, evidenciou-se efeito tóxico para Azolla sp. nos efluentes tratados.

Biodigestores e leito cultivado para tratamento e geração de biogás de efluentes domésticos e resíduos orgânicos

“…Segundo Baun (1999) e Domingues ( 2006) citado por Barszcz (2019) No ensaio de toxicidade aguda com Daphna Similis, foi observado a redução de 98,3% no tanque com taboa e junco, e 97.7% no tanque com apena taboa, entretanto não foi possível afirmar que tais valores estejam apenas relacionadas com as macrófitas, visto que o tanque que detinha apenas brita demonstrou uma eficiência de 97.7% (Barszcz, et al 2019). (Barszcz, et al 2019).…”

Avaliação da germinação de milho e feijão sob efeito de biofertilizantes

“…De modo geral, os biofertilizantes não interferiram na germinação das sementes de Z. mays, foi observada uma média da porcentagem variando de 90% a 96% no bovino e 85% a 96% no ovino, os valores estão de acordo com o recomendado para a cultura em testes de vigor de sementes (Sbrussi e Zucareli, 2014). Resultados semelhantes foram observados por Barszcz et al (2019) realizando teste ecotoxicológico com alface, onde, não observou diferença significativa durante a germinação utilizando efluente doméstico. Nascentes et al (2019) constatou diferença significativa no comprimento de raiz primária, em sementes de milho expostas às misturas biotratadas de aterro sanitário.…”

“…Entretanto, a utilização de água residuária na agricultura, ainda é realizada sem embasamento técnico, o que pode acarretar na contaminação de águas subterrâneas e causar desequilíbrios na relação solo-planta. Nesse contexto, é imprescindível o conhecimento das características físicas, químicas, biológicas e toxicológicas dos biofertilizantes, para que os mesmos possam ser utilizados com segurança e não causem impactos negativos (Silva et al, 2015;Barszcz et al, 2019).…”

Teste de toxicidade do lodo de curtume na germinação de alface

“…A alface (Lactuca sativa L.) é a espécie padronizada para a realização de bioensaios de toxicidade, considerada bioindicadora, utilizada na avaliação de fitotoxicidade devido germinação rápida e uniforme, além de expressar resultados em baixas concentrações de substâncias tóxicas (BARSZCZ et al, 2019;RAMIRES et al, 2019;AZAMBUJA et al, 2010). Partindo desse pressuposto, o objetivo com este estudo foi avaliar a toxicidade de lodo de curtume na germinação da espécie bioindicadora Lactuca sativa L. (alface).…”