Potencial de vazão ambiental: método participativo para estimar vazão ambiental em rios na Amazônia

Abstract

RESUMO O potencial de vazão ambiental (PVA) é um método alternativo de estimativa de vazão por considerar principalmente as características ecológicas, econômicas e culturais das bacias hidrográficas, reduzindo erros de estimativa na avaliação de impactos ambientais para implantação ou operação de usinas hidrelétricas (UHEs). O objetivo desta pesquisa foi adaptar a metodologia do PVA para grandes bacias da Amazônia usando abordagem holística. A metodologia de estimativa do PVA foi adaptada às bacias hidrográficas dos rios Tocantins, no Pará, Jari, no Amapá e Pará, e Araguari, no Amapá, em fase de operação e/ou instalação de UHEs. Os resultados sugerem que, nos rios Tocantins e Araguari, ambos sob influência de barramentos em operação, o parâmetro mais relevante do PVA foi o estresse hídrico. Diante dos impactos diretos dessas UHEs, a vazão é elevada e suficiente para manter o ecossistema ou a diversidade aquática durante o ano. Contudo, a resposta do método na bacia hidrográfica do rio Jari indicou o parâmetro dependência econômica como o mais crítico, já que o rio é intensamente utilizado para a locomoção pelos moradores do Pará e Amapá e, dessa forma, o cálculo da vazão por método não adequado comprometeria essa tão importante função do rio. Concluiu-se que o método PVA é uma ferramenta alternativa interessante à gestão de grandes bacias por ser flexível, adaptável e principalmente por permitir a participação dos agentes envolvidos nos processos decisórios.

Fanfics E Discurso: Práticas Colaborativas De Leitura E Escrita

“…Sun;Chan;Liu, 2020). Esse consumo ocorre muitas vezes de forma inadequada, o que tem provocado conflitos, erosão de margens, escassez e perda da qualidade da água (Moreno Júnior, 2006;Santos et al, 2018;Cunha and Sternberg, 2018).…”

“…Com este cenário, verifica-se um sensível aumento das ações de gestão de recursos hídricos, com destaque para a promoção da gestão participativa em bacias hidrográficas, com adesão da sociedade civil organizada, dos usuários e dos governos (Pahl-Wostl et al, 2007;ANA, 2011;Whately;Hercowitz, 2008;Santos e Cunha, 2018).…”

“…A elaboração de políticas públicas ambientais está voltada para a conservação e recuperação do meio ambiente, não somente com os instrumentos legais de comando e controle, mas também como incentivos econômicos (Johnson;Russell, 2011;Moreno-Sanchez et al, 2012;Antoniazzi;Shirota, 2007). Há de se considerar a proposta de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) como um instrumento de gerenciamento sustentável da interação homem e ambiente (Swallow et al, 2010;Santos e Cunha, 2018).…”

“…A Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) conceituou serviços ecossistêmicos como quaisquer benefícios que o homem obtém dos ecossistemas (Jardim, 2010;Altmann, 2008;Wunder et al, 2008;Carazo et al, 2012). O conceito se insere na implementação de práticas humanas para mitigar as pressões e seus impactos negativos sobre o meio ambiente, os quais são gerados pelos processos de desenvolvimento e industrialização (Jardim, 2010;Santos e Cunha, 2018).…”

Anthropogenic and Climate Effects on a Free Dam Tropical River: Measuring the Contributions on Flow Regime

“…Poor management of water resources coupled with the increased water demand for general purposes (urban supply, irrigation, animal feed, or energy production) is a human factor that directly impacts river flow [1,2]. Climate change also contributes to the significant alteration of precipitation patterns and potential evaporation [3] and consequently on river regimes [4][5][6]. Although human activities and climate change act collectively, their impacts on rivers dynamic are often analyzed separately [7].…”