Padrões de organização do sistema de comunicação mãe-bebê nas interações face a face: estudo de cinco díades

Abstract

Apresentamos os que emergem do processo de desenvolvimento da comunicação mãe-bebê nas interações do tipo face a face. Este processo é concebido como compondo um sistema dinâmico em constante transformação e construção. Os padrões de organização descrevem as fases de maior estabilidade desse sistema, propostas pelo modelo EEA como constituindo três padrões que se sucedem: um estabelecimento inicial, seguido de um período de extensão e, finalmente, um período de abreviação das trocas comunicativas. Analisamos os dados longitudinais das trocas comunicativas do tipo face a face de cinco díades mãe-bebê, descrevendo o processo através do qual esses padrões se organizam. Identificamos uma tendência geral de manutenção da mesma sequência de aparecimento e dominância desses três padrões nas cinco díades, tal como proposto pelo modelo EEA. Todavia, cada díade difere na idade de aparecimento, de dominância e na duração de cada um dos padrões referidos.

Mental Health, Mother-Child Interaction and Development at the End of the First Year of Life1

“…Another aspect rarely mentioned in the literature is related to the role of the child in the interaction. Although the interaction is characterized as a reciprocal and bidirectional action and there is strong evidence that, from the start of development, it is not only determined by the actions of the mother (Klein & Linhares, 2006;Lopes et al, 2012;Seidlde-Moura et al, 2008), studies of the interaction of mothers with very young children are focused on the maternal behaviors, and on the ways the adult alters her behavior and the surrounding physical environment to accommodate the demands and limitations of the child (Lordelo, Fonseca, & Araújo, 2000;Lyra, Silva & Silva, 2012). According to Lordelo et al (2000), in a phase in which the child still has a limited motor repertoire and little communicative ability, it is necessary to delegate more responsibility to the adult and consider that the maternal role is a critical variable in the interactive process, which does not absolve the researcher from observing the role of child in the interaction or from acknowledging the possible participation of the child.…”