“…Embora houvesse uma série de mudanças observadas no complexo técnocientífico das redes sociais e das críticas que sofreu esse conceito de lá para cá (Dubiel, 1999;Kellner, 1982), Considerando a discussão da existência de uma "indústria educacional" em curso hoje (Dalbosco, 2010, p. 193) ou, como Gruschka (2008 refere, a "presença do imperativo econômico nos organismos educacionais" (p. 176), importa denotar neste momento, para os propósitos da reflexão, o comparecimento de uma indústria educacional biopolítica nos ambientes escolar e acadêmico. Desde a tendência à perpetuação do racismo nos livros didáticos, ao naturalizar a dominação branca e passar a imagem de passivização dos personagens negros, mantendo-os sempre dependentes (Silva, 2005), até o estigma de normalização presente no discurso da inclusão escolar (Pagni, 2017), entre outros, há uma tentativa de manutenção da "regra da normalidade" às expensas ou ao preço do sacrifício das diferenças. Além disso, podese exemplificar o ensino dado como treinamento (linguagem do coaching), alheio à análise das questões sociais, políticas e culturais do ambiente do aluno, cujo símbolo mais evidente é o chamado Projeto de Lei da Mordaça ou da Escola sem Partido (http://www.programaescolasempartido.org/).…”