Adolescência - violência: desperdícios de vidas

Comportamentos violentos de adolescentes e coabitação parento-filial

“…Even among professionals who own weapons, such as police offi cers or security guards, the ownership of such involves their preparation for situations of use of full force. 3,7,13 The family and the home are also characterized as environments where situations of violence are experienced and where learning from such experiences occurs. For a long time, studies on families and family relations aimed to evaluate effects or possible effects of divorce of parents on child behavior in general.…”

“…The occurrence of violent behaviors among adolescents in this study has also been reported elsewhere. 7 Assuming that the behaviors studied indicate a situation of violence experienced (involvement in fi ghts) and predisposition to violent acts (use of weapons), a relevant situation of lack of protection is what affects this population. Not only did these adolescents become involved in fi ghts and have access to weapons, but they were not discouraged from doing so either.…”

No interior da medida socioeducativa: itinerários narrativos e encontro como resistência

“…Como um espiral que retorna de tempos em tempos, a defesa difundida popularmente de que, como lhes foram dados direitos por lei, esses adolescentes deveriam fazer diferenteou ser diferentes -, é tema recorrente. Essa racionalidade é amplificada pela disseminação do medo por meio da reprodução de certa imagem que recai sobre o menino pobre, público majoritário da medida socioeducativa, alimentando a defesa da penalidade como correção à infração (TRASSI, 2006).…”

“…No intento de realizar o percurso investigativo, os capítulos que seguirão foram organizados de forma a contar um trajeto que ajude o leitor a se avizinhar deles, meus interlocutores. No capítulo a seguir, A medida, os meninos, apresento um pouco mais das medidas socioeducativas, numa tentativa de síntese, pois muito já foi escrito sobre essa política acerca do que trata e de seus objetivos (TRASSI, 2006;BRASIL, 2012;FELTRAN, 2011;ROVARON, 2017). No esforço de ser breve, passo para a descrição da minha chegada ao campo de pesquisa e pelas primeiras derivas no olhar de pesquisadora, promovidas pelo Esse empenho não se tratou de reolhar o texto, mas de revisitá-lo estando afetada por outras histórias e instituições, além de poéticas experimentadas no além-mar.…”

“…Quarenta anos depois, pela Lei Federal n.º 5.258 (BRASIL, 1967), que tratava das medidas aplicáveis aos menores de 18 anos que praticavam ilegalidades, um menino pobre e, sobretudo, negro, vagando sem destino considerado certo ou que não possuísse meios de subsistência, poderia ser detido. Em pesquisa realizada na cidade de São Paulo, em 1972, foram assim nomeados os motivos para a internação de crianças e adolescentes: orfandade, aspectos considerados de desorganização familiar, ausência de recursos financeiros, pertencimento a família monoparental (caso de praticamente todos, cujos lares eram cuidados por suas mães), alcoolismo ou doença dos responsáveis, maus-tratos, fuga e abandono do lar, uso de drogas, vadiagem, mendicância e, por fim, cometimento de infração à lei (TRASSI, 2006). Condições relacionadas à vulnerabilização marcavam a seletividade que construía o perfil dos ditos marginais (ou de quem era dito como em "situação irregular").…”