Nota sobre a variação sazonal da circulação geostrófica na borda da plataforma continental: Cabo de São Tomé (RJ) e a Baía de Guanabara (RJ)

Abstract

Cinco observações oceanográficas espaciais quase sinóticas, realizadas de janeiro de 1970 a fevereiro de 1971, na região entre o Cabo de São Tomé e a Baía de Guanabara, são usadas para descrever a circulação sazonal e as condições de fluxo da Corrente do Brasil próximo à plataforma continental. As velocidades relativas foram calculadas sobre superfícies isanostéricas, de acordo com o método sugerido por Montgomery (1937). A precisão do método foi analisada, com base na propagação dos erros instrumentais das medidas da temperatura, da salinidade e da profundidade sobre o volume específico e a aceleração potencial, obtendo-se uma precisão de cerca de ± 3,0 cm s-1, para a velocidade relativa, e um máximo de ± 2,5 Sv, para o transporte de volume através da secção transversal. As correntes geostróficas de superfície, calculadas com referência à superfície isanostérica de 100 cl ton-1, sao geralmente mais intensas através das secções a leste de Cabo Frio, onde elas atingem valores máximos (~90 cm s-1) na borda da plataforma continental durante o verão, e valores acima de 86 cm s-1 ocorrem no inverno, mais além, a distâncias da costa maiores do que 140 km. Os diagramas T-S mostram os detalhes da distribuição do fluxo nas classes características e o fato de que 50% do transporte total corresponde à Massa de Água Tropical, próxima da superfície isanostérica de 220 cl ton-1. As variações do transporte total na coluna de água, desde a superfície até a superfície isanostérica de referência, foram analisadas para estimar o transporte por unidade de largura.

Ecological distribution of Nematopalaemon schmitti and Exhippolysmata oplophoroides (Crustacea: Caridea) near an upwelling area off southeastern Brazil

“…This phenomenon, when combined with the intrusion of South Atlantic Central Water (SACW) with temperatures below 20°C and salinities between 34.6 and 36.0 (Miranda, 1985), makes the Cabo Frio region and adjacent areas highly productive and important for the distribution and abundance of benthic communities (De Léo & Pires-Vanin, 2006). Studies of Magliocca et al (1979) and Paviglione & Miranda (1985) indicated the occurrence of periodic events of the coastal upwelling off Cabo Frio, with its influence extending up to the proximity of the Cabo de São Tome (22ºS).…”

Correntes e temperaturas na quebra da plataforma continental de Cabo Frio: observações

“…Pontualmente, Amor (2004) também observou, nos dados de inverno, a intersecção do núcleo sub superficial de salinidade máxima, típico de AT, com o fundo da PC de CF. Tais fenômenos, além de comprovarem a variabilidade sazonal, conforme descrito desde Paviglione e Miranda (1985), e dos ventos conforme sugerido por Calado (2006) e Silveira (2007), dentre outros.…”

“…Figura 1.8: Transporte de volume por unidade de largura das seções (m /s), calculados para seções transversais à direção da plataforma e quebra da plataforma continental de Cabo Frio, para os períodos de janeiro (painel superior) e julho (painel inferior) de 1971. Extraído de Paviglione e Miranda (1985).…”

“…Em contrapartida, durante os períodos em que as correntes apresentaram menores intensidades as principais inversões foram anti-ciclônicas. Estes resultados sugerem afastamento da CB, concordando com as estações do ano quando a CB já foi observada mais ao largo (Paviglione e Miranda, 1985;Lorenzzetti et al 2009). Santos (2009) Enquanto o cálculo do espectro das correntes sub-inerciais não evidenciou nenhum máximo proeminente, a banda supra-inercial apresentou máximos acentuados para a frequência semi-diurna.…”

“…uma devida à forçante tensão de cisalhamento do vento ( ⃗ ) e outra devida à CB ( ⃗ ): (Paviglione e Miranda, 1985;Lorenzzetti et al 2009). Como a QPC de CF ocorre a cerca de 100 m de profundidade, essa aproximação da CB da costa disponibiliza nas proximidades da quebra volumes progressivamente maiores da quente AT, presente na camada de mistura dessa corrente.…”