Abordagem clínica e psicossocial das Lesões por Esforços Repetitivos LER / DORT

Abstract

Revisão bibliográfica, com abordagem clínica, psicológica e social dos problemas causados pelas Lesões por Esforços Repetitivos - LER, hoje melhor definidas como Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT. São discutidos neste texto, a sinonímia utilizada em toda a literatura pesquisada, alguns dados epidemiológicos, em nível mundial e nacional, quanto à distribuição da doença segundo algumas varáveis tais como: sexo, idade, tipo de atividade, tempo e localização anatômica das queixas, afastamento do trabalho etc. Além desses pontos, são enfocados estudos sobre fatores etiológicos e fisiopatológicos das LER / DORT. Por fim, buscou-se uma correlação entre todos estes fatores anteriormente citados e o psicossocial, pontuando os elementos que influenciam diretamente no aparecimento e/ou manutenção desta enfermidade multifatorial, salientado a importância da organização do trabalho na sua prevenção.

Ocorrência de sintomas osteomusculares e fatores associados í profissão de costureira no municí­pio de Caruaru/PE

“…Nos resultados encontrados por Sena et al [7], 93,5% dos costureiros realizavam apenas uma pausa de quinze minutos. A pausa é fundamental para garantir a recuperação física, reduzir a fadiga muscular e microtraumas nas estruturas sobrecarregadas pela atividade laboral [16].…”

Prevalência das principais patologias consideradas doenças osteomusculares relacionadas com o trabalho no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Araçatuba/SP

“…Regis Filho e Michels [1] consideram o sexo feminino como sendo o mais facilmente afetado, talvez devido à acumulação da jornada doméstica, menor número de fibras musculares, menor capacidade de armazenar e converter o glicogênio em energia útil, e por serem destinadas a elas na empresa, as atividades mais repetitivas e que exigem maior habilidade. Santos [9] em seu estudo também relatou a maior prevalência do sexo feminino, já que as mulheres foram responsáveis por 76% dos casos.…”

“…Santos [9] em seu estudo verificou que dos pacientes atendidos que apresentavam diagnóstivo de LER/DORT a média de idade foi dos 20 aos 40 anos de idade, ao contrário do que foi encontrado no presente estudo, cuja prevalência em relação à idade no geral foi dos 43 aos 55 anos, ou seja a idade mínima foi 43 anos, contradizendo também Ksam [5] que afirma que as LER/DORT em países industrializados é a principal causa de incapacidade dos indivíduos com idade inferior a 45 anos. Merlo et al [11] constataram em seu estudo que a prevalência de LER/DORT é maior na faixa etária dos 34 aos 51 anos.…”

Análise ergonômica e ambiental de uma empresa metalúrgica do ramo de agroindústrias e derivados de cana de açúcar

“…A avaliação dos fatores que podem ocasionar o surgimento de lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) considera, segundo o Ministério da Saúde do Brasil [2], aspectos de trabalho como: força, repetitividade, posturas inadequadas, vibração e/ou compressão mecânica, pausas insuficientes durante a jornada de trabalho, movimentos forçados não habituais, e cargas musculares estáticas. O nível de risco atribuído a cada um destes fatores deve considerar a sua intensidade, duração e frequência [3].…”