2008
DOI: 10.1590/s0104-93132008000100006
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A cooperação internacional como dádiva: algumas aproximações

Abstract: As sociedades progrediram na medida em que elas mesmas, seus subgrupos A assistência às vítimas de fenômenos naturais com grande capacidade de destruição, como os tsunamis no sul da Ásia e os furacões que devastaram amplas áreas do Golfo do México, tem colocado a dinâmica da AID (Assistence for International Development) como importante ponto de pauta na mídia internacional. Aparentemente, Estados-nações, instituições multilaterais, organismos não-governamentais locais e internacionais, entre outros, somam esf… Show more

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“…Brun (2016), Pereira, Cassiani e Linsingen (2015), Butcher et al (2015), Nogueira (2014), Carey (2003) e Silva (2008), chamam a atenção, de uma forma crítica, para as dificuldades que envolvem o estabelecimento de relações horizontais na CSS ou nos processos de internacionalização de universidades. Particularmente, tendo as reuniões de doação e ajuda internacional para o desenvolvimento (AID) do Timor-Leste como foco de estudo etnográfico, Silva (2008) ressalta que, contratados pelas Nações Unidas e por agências bilaterais de cooperação, assessores dos mais diferentes países -Portugal, Austrália, Brasil, Índia, Paquistão, Sri Lanka, Irlanda, Espanha, Equador, Filipinas, Nova Zelândia, África do Sul, Jamaica, Estados Unidos e outros -para trabalharem diretamente na formação do Estado timorense tendiam "a reproduzir in loco os princípios de fundação e gestão da máquina pública existentes em seu país de origem ou naqueles em que adquiriu sua maior capacitação profissional".…”
Section: A Cooperação Educacional Entre Brasil E Timor-lesteunclassified
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“…Brun (2016), Pereira, Cassiani e Linsingen (2015), Butcher et al (2015), Nogueira (2014), Carey (2003) e Silva (2008), chamam a atenção, de uma forma crítica, para as dificuldades que envolvem o estabelecimento de relações horizontais na CSS ou nos processos de internacionalização de universidades. Particularmente, tendo as reuniões de doação e ajuda internacional para o desenvolvimento (AID) do Timor-Leste como foco de estudo etnográfico, Silva (2008) ressalta que, contratados pelas Nações Unidas e por agências bilaterais de cooperação, assessores dos mais diferentes países -Portugal, Austrália, Brasil, Índia, Paquistão, Sri Lanka, Irlanda, Espanha, Equador, Filipinas, Nova Zelândia, África do Sul, Jamaica, Estados Unidos e outros -para trabalharem diretamente na formação do Estado timorense tendiam "a reproduzir in loco os princípios de fundação e gestão da máquina pública existentes em seu país de origem ou naqueles em que adquiriu sua maior capacitação profissional".…”
Section: A Cooperação Educacional Entre Brasil E Timor-lesteunclassified
“…É justamente nas interrelações que vinculam os indivíduos, nas alianças formadas a partir delas, que o paradigma do dom repousa, sendo o dom, conforme Alain Caillé (2002, p. 19), "o motor e o performador" dessas alianças, uma vez que "as sela, as simboliza, as garante e lhes dá vida". Neste sentido, tendo a cooperação acadêmica firmada entre os governos do Brasil e do Timor-Leste como caso em análise, é possível perceber que interesses na internacionalização das universidades brasileiras e investimento estratégico na CSS, em particular com países lusófonos, por parte do primeiro, e o aprimoramento da língua portuguesa pelos estudantes timorenses, pelo segundo, se entrelaçam no contexto da discussão de tal cooperação à luz do paradigma do dom (MAUSS, 1974;GODBOUT, 1992;CAILLÉ, 2002;SILVA, 2008;REIS, 2016) e da hospitalidade (MONTANDÓN, 2011;NOGUEIRA, 2014). Tendo como principais referências as interpretações que os próprios alunos fazem de suas experiências como intercambistas, a perspectiva adotada é a que articula as conexões entre os níveis internacional (a cooperação acadêmica), dos Estados (Brasil e Timor-Leste) e dos indivíduos (estudantes timorenses).…”
Section: Introductionunclassified
“…Kelly Cristiane da Silva (2008), em seu texto intitulado "A Cooperação internacional como dádiva: algumas aproximações", traz à luz uma questão bastante ilustrativa deste cará-ter de poder e interesse envolto em doações aparentemente desinte- Mais do que a prestação de dons unilaterais às pessoas e comunidades em necessidade, tais fundações se prestam a construir e afirmar identidades, unir a elite de empresários em ações reconhecidamente caridosas e criar toda uma rede que por meio delas estabelece carreiras na área na mesma medida em que obtém capital simbólico e social. No entanto, esta pretensa intenção de intervir pela comunidade muitas vezes não parece diminuir a distância interposta pelos recursos financeiros e econômicos entre as duas pontas da prática filantrópica, a saber, doadores e recipientes.…”
Section: Filantropia Dom E Interesseunclassified
“…Timor-Leste, por sua vez, após ter recebido ajuda internacional (Silva, 2008), conseguiu sua independência em 2002, depois de 24 anos sob dominação indonésia, mais de 400 anos como colônia portuguesa, e um período aproximado de uma década sob intervenção da Organização das Nações Unidas (Durand, 2009). Frente tal trajetória, e no atual processo de state/nationbuilding (Leach, 2017), começou a investir na formação superior internacional de seus jovens, tendo no envio de estudantes para Portugal, seguindo orientações traçadas no Plano Estratégico de Desenvolvimento 2011-2030 (República Democrática do Timor-Leste -RDTL, 2011), uma estratégia para capacitar profissionais da sua administração pública 5 com o domínio da língua portuguesa.…”
Section: Introductionunclassified