2002
DOI: 10.1590/s0104-93132002000100006
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Reflexões sobre biopoder e pos-colonialismo: relendo Fanon e Foucault

Abstract: Princeton: Princeton University Press.Estudos inspirados na obra de Franz Fanon vêm ocupando espaços na cena intelectual norte-americana desde o final dos anos 80. De parte dessa literatura, há uma nítida tentativa de fragmentar, matizar e tornar mais complexos jogos de polaridades que aparecem de maneira distinta em dois de seus mais conhecidos livros: Peau Noire, Masques Blancs (1952) e Les Damnés de la Terre (1961). No primeiro, uma marcada polarização entre "raças" envolta em um enfoque psicanalítico é f… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
2
0
2

Year Published

2008
2008
2019
2019

Publication Types

Select...
6

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 9 publications
(4 citation statements)
references
References 14 publications
(10 reference statements)
0
2
0
2
Order By: Relevance
“…Não obstante, esforços criativos de reler clássicos do pensamento social brasileiro como pioneiros de uma visada pós-colonial, como Euclides da Cunha (Maia, 2010), Guerreiro Ramos (Lynch, 2015), Darcy Ribeiro (Miglievich-Ribeiro, 2011) e até mesmo Gilberto Freyre (Melo, 2014), as principais referências têm vindo majoritariamente da literatura internacional. Discussões bibliográfico-teóricas pioneiras na antropologia (Carvalho, 2001;Cunha, 2002;Machado, 2004,) apontam, além dos clássicos Edward Said e Frantz Fanon, para autores ligados aos subaltern studies e cultural studies como Homi Bhabha, Gayatri Spivak, Stuart Hall e Paul Gilroy, além de antropólogos diretamente engajados nesses debates como Arjun Appadurai e Lila Abu-Lughod. Alguns subcampos da antropologia têm se sobressaído neste diálogo, como relações raciais e interétnicas (Pinho, 2010;Lewis, 2014), gênero e feminismo (Segato, 2012b;López, 2015) e educação (Oliveira, 2014).…”
Section: O Pós-colonial Na Antropologia Brasileiraunclassified
“…Não obstante, esforços criativos de reler clássicos do pensamento social brasileiro como pioneiros de uma visada pós-colonial, como Euclides da Cunha (Maia, 2010), Guerreiro Ramos (Lynch, 2015), Darcy Ribeiro (Miglievich-Ribeiro, 2011) e até mesmo Gilberto Freyre (Melo, 2014), as principais referências têm vindo majoritariamente da literatura internacional. Discussões bibliográfico-teóricas pioneiras na antropologia (Carvalho, 2001;Cunha, 2002;Machado, 2004,) apontam, além dos clássicos Edward Said e Frantz Fanon, para autores ligados aos subaltern studies e cultural studies como Homi Bhabha, Gayatri Spivak, Stuart Hall e Paul Gilroy, além de antropólogos diretamente engajados nesses debates como Arjun Appadurai e Lila Abu-Lughod. Alguns subcampos da antropologia têm se sobressaído neste diálogo, como relações raciais e interétnicas (Pinho, 2010;Lewis, 2014), gênero e feminismo (Segato, 2012b;López, 2015) e educação (Oliveira, 2014).…”
Section: O Pós-colonial Na Antropologia Brasileiraunclassified
“…Nesse processo, os europeus construíram "o negro" e atribuíram características e valores que o inferiorizavam. Cunha (2002) aproxima as análises de Foucault (sobre o biopoder) com as de Fanon (sobre raça, subjetivação e poder colonial), ao perceber que um dos mecanismos do biopoder é o discurso (construído a partir do período colonial) que produz a sexua-lidade dos negros. Segundo Fanon (1983:153-154) o negro simboliza o pecado e "representa o instinto sexual" (idem:145).…”
Section: Breves Considerações Teóricas E Metodológicasunclassified
“…Regarding Brazil, it is the most marked form of a post-slave society (See Carvalho 2002; and Cunha 2002), which despite the myth of its racial democracy, still has an internal social and economic division with strong ethnic distinctions, and of class and gender as well. Slavery subsisted in Brazil for more than 60 years after independence from Portugal in 1822.…”
Section: The Periphery and Its Centres (Beyond The Global And The Locmentioning
confidence: 99%
“…Theorizing about this history and its specificity, and about the ways in which racism and sexism have compounded each other, is an essential task in 'the search for solutions and alternatives that can favour recognition, distribution and coexistence'. 19 Regarding Brazil, it is the most marked form of a post-slave society (See Carvalho 2002;and Cunha 2002), which despite the myth of its racial democracy, still has an internal social and economic division with strong ethnic distinctions, and of class and gender as well. Slavery subsisted in Brazil for more than 60 years after independence from Portugal in 1822.…”
Section: The Feminist Meetings and The Tenth Meetingmentioning
confidence: 99%