2000
DOI: 10.1590/s0104-93132000000200001
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O inca pano: mito, história e modelos etnológicos

Abstract: Os mitos relativos ao Inca recolhidos na Amazônia entre vários grupos de língua pano têm sido entendidos como memórias de um passado remoto regido por uma aristocracia quechua ou como expressão de uma estrutura identitária ou cosmológica em que o Inca significaria o Branco ou uma alteridade celestial. Tais interpretações, apesar de seu valor heurístico, limitam nossa compreensão dos aspectos estruturais e históricos do Inca Pano. Propõe-se aqui entender o Inca também como um símbolo eficiente, vinculado a mode… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
3

Year Published

2005
2005
2023
2023

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

1
4

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(3 citation statements)
references
References 4 publications
0
0
0
3
Order By: Relevance
“…Este sistema regional é muito bem caracterizado na sua porção ocidental (Lathrap, 1970;Taylor, 1992;Santos-Granero, 1992), incluindo o mencionado conjunto Aruak subandino. Porém, pesquisas exploram cada vez mais as conexões entre um conjunto diverso de coletivos plurilinguísticos, embora dominado pelas famílias Pano e Aruak, que desenvolvia e, em certos casos, ainda desenvolve relações estreitas, muitas delas entre povos de filiações linguísticas distintas (Gonçalves, 1991;Erikson, 1992;Gow, 1991;Calavia Sáez, 2000) nas bacias dos rios Ucayali, Juruá e Purus. Mais recentemente, ao complexo Pano-Aruak desta região vêm sendo adicionados, no lado brasileiro da fronteira, os povos de língua Katukina, os quais possuem antigos contatos com os grupos Pano e Arawa, conformando um "sistema regional do Juruá" (Costa, 2017, p. 201-210).…”
Section: Das áReas Culturais àS Redes De Relaçõesunclassified
“…Este sistema regional é muito bem caracterizado na sua porção ocidental (Lathrap, 1970;Taylor, 1992;Santos-Granero, 1992), incluindo o mencionado conjunto Aruak subandino. Porém, pesquisas exploram cada vez mais as conexões entre um conjunto diverso de coletivos plurilinguísticos, embora dominado pelas famílias Pano e Aruak, que desenvolvia e, em certos casos, ainda desenvolve relações estreitas, muitas delas entre povos de filiações linguísticas distintas (Gonçalves, 1991;Erikson, 1992;Gow, 1991;Calavia Sáez, 2000) nas bacias dos rios Ucayali, Juruá e Purus. Mais recentemente, ao complexo Pano-Aruak desta região vêm sendo adicionados, no lado brasileiro da fronteira, os povos de língua Katukina, os quais possuem antigos contatos com os grupos Pano e Arawa, conformando um "sistema regional do Juruá" (Costa, 2017, p. 201-210).…”
Section: Das áReas Culturais àS Redes De Relaçõesunclassified
“…En el marco de esta relación marital de los astros, Díaz (1922) caracteriza a bari como deidad principal y la identifica con el inca, una figura recurrente en la mitología pano (Calavia, 2000) que da lugar a varios ciclos narrativos en los que se encuentran diversas asociaciones entre esta figura y el Sol (Eakin et al, 1980;Roe, 1996). Según Lagrou (1998), por ejemplo, los kashinawa identifican al Sol como un inca caníbal, dios del fuego primordial, guardián de los muertos.…”
unclassified
“…Por otra parte, la influencia andina sobre los grupos pano se expresa de manera elocuente en la incorporación de la figura del inca en los ciclos narrativos que circulan en esta familia (Wistrand-Robinson, 1998;Roe, 1982;Frank et al, 1993;Calavia, 2000;Bardales, 2008;Harner, 1993;McCallum, 2000). Por su recurrencia y extensión, el inca es considerado un motivo mayor dentro del sistema etnoliterario de los pueblos pano.…”
unclassified