Fazendo a luta: sociabilidade, falas e rituais na construção de organizações camponesas

Leite, Sérgio Pereira

doi:10.1590/s0104-93132000000100011

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“…Entendemos que as reuniões criam espaços de sociabilidade, que contribuem para a consolidação de redes de relações das organizações (COMERFORD, 1999). Nelas, realizam-se trocas de experiências e estabelecem-se relações de alteridade, em que diferentes perspectivas e modos de vida se conectam.…”

Section: Introductionunclassified

Resistance of traditional people and communities to the State and coloniality

Wedig,

Dorneles Ramos

2023

SER_Social

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In this article, we discuss how colonialism operated and continues to operate forms of violence against traditional peoples and communities. These collectives resist the overcoding processes of their territories by the State and by capital holders; and fight for access to rights and recognition of their modes of existence. In recent years, legislation and conventions, national and international, have been drawn up that deal with issues related to these peoples, however, they are not guaranteed that their lands will be demarcated. On the contrary, state policies to expand extractivism and monocultures have advanced, dismantling their living territories. The ethnographic research on which this article is based was carried out with the Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná – an organization that brings together indigenous people, quilombolas, faxinalenses, cipozeiros, slanders, artisanal fishermen and healers –, seeking to understand their forms of resistance to coloniality.

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Section: Introductionunclassified

Resistance of traditional people and communities to the State and coloniality

Wedig,

Dorneles Ramos

2023

SER_Social

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“…E luta, à luz do que foi aqui exposto, aparece com distintos sentidos. É uma maneira de caracterizar a vida dos pobres -qualificada por uma experiência cotidiana de precariedade, muitas vezes agravada por dramas pessoais específicos e cujos cotidianos são vistos como crises permanentes -; e também aponta para enfrentamentos concretos e prolongados na luta por moradia (Comerford, 1999), luta por dignidade, luta para viver. Esse trinômio (moradia, dignidade e vida) são elementos intercambiáveis nas falas das pessoas que estão na luta: "Luta refere-se a tudo aquilo que se é obrigado a enfrentar no dia a dia para viver dignamente" (Comerford, 1999: 28).…”

Section: Arremates: Políticas E Identificaçõesunclassified

“…Parecia ser importante repetir, repetir e repetir o porquê de estarem ali. Mesmo que todos os participantes do ato soubessem por que estavam ali, nem todos sabiam "falar bonito" (Comerford, 1999) como…”

Section: Parte II "Quem Não Luta Tá Morto"unclassified

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Política, fabulação e a ocupação Mauá

Paterniani¹

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Ao meu avô Ernesto e à minha tia Maria Lídia, cujas presenças se fazem sempre na ausência, in memoriam. vii viii AGRADECIMENTOSMuitas pessoas e algumas instituições contribuíram para a feitura desta dissertação, direta e indiretamente. Registro, aqui, nomes daqueles a quem agradeço e expresso meu reconhecimento e admiração.Agradeço à Fapesp, pela bolsa concedida, e ao parecerista anônimo, cujas cuidadosas leituras e pertinentes sugestões foram de muita valia para a forma final desta dissertação.Agradeço aos moradores da ocupação Mauá e aos militantes do movimento de moradia que fui conhecendo ao longo desses anos de pesquisa. Agradeço a cada um que conheci e também aos que passaram por mim apenas com olhares, sorrisos e "bons-dias".Agradeço especialmente a Nelson da Cruz Sousa, pela acolhida, por me ensinar tanto sobre a vida e a luta, pela confiança em mim depositada e pela amizade desenvolvida.Agradeço à minha orientadora, por quem nutro uma profunda admiração, Profª Suely Kofes, por ter partilhado comigo um pouco de sua sabedoria, erudição e delicadeza.Seu amor à antropologia contagiou-me, ainda em meus últimos anos de graduação, e suas aulas foram decisivas para minha escolha em fazer o mestrado na Antropologia. Seu cuidado dentro e fora de sala de aula, com autores, estudantes e a "teoria etnográfica" me são, a todo o tempo, inspiradores.O percurso desta pesquisa iniciou-se antes de meu ingresso no mestrado. Agradeço à Profª Luciana Tatagiba, que me orientou por dois anos em uma intensa e instigante Iniciação Científica. Foi ela quem fez aflorar, em mim, o gosto pela pesquisa, sempre estimulando e compartilhando questionamentos e angústias com paixão e entusiasmo.Além dessas duas mestres, no pleno sentido do termo, há outros que foram marcantes em minha formação na Unicamp, ainda na graduação. Sou grata aos professores

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“…Esse traço polissêmico de luta não se restringe ao contexto dos posseiros de Trombas e Formoso. Ele também se revela, ainda que de maneira distinta, em outros contextos discursivos, como os experienciados pelos trabalhadores rurais da região de Santa Maria da Vitória e Coribe, no oeste da Bahia, estudados por JohnComerford (1999). Lá o termo luta assume significados diversos, que "remetem a diferentes situações, agentes e relações e fazem parte de discursos distintos"(COMERFORD, 1999, p.19).…”

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Misturados na terra

Dourado

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O destino dessa tese não seria esse se não carregasse comigo o apoio e a orientação de amigos, amigas, familiares, professores, professoras, conhecidos e conhecidas. Depois de tanto andar, olhar para trás e a minha volta e ver um mundo véi de gente que se dispôs a me ajudar a percorrer todo esse caminho, me faz ter a certeza de que esse trabalho não resulta de um esforço individual e sim, comum. Embora a escrita da tese seja de minha responsabilidade, sua construção é fruto de um empenho coletivo, de um fazer comum que gerou, para além de sua tessitura, a expansão e a consolidação do tecido no qual me vejo urdida nesse mundo. Em respeito a todes que estiveram junto a mim nessa jornada, aqui, expresso minha imensa gratidão, respeito e afeto por vocês.Começo, então, por agradecer aqueles e aquelas que me guiaram e andaram ao meu lado ao longo de toda essa jornada, meus conhecidos e conhecidas, a quem agradeço pelas histórias, pelo cuidado, pela confiança, exemplo e Luta. Em especial à dona Carmina, a quem sou grata por me mostrar sua Luta e gosto pela vida através do andar; à dona Zica, pela sensibilidade que guarda no olhar que não só vê, mas transvê o mundo; à Zilda, pela dureza mas principalmente pela ternura; à dona Isabel, por me mostrar o quão valioso são as coisas ditas sem valor; à dona Joaninha, pela paixão que tem pela terra que cuida; à Dirce por ter repartido tanto e me instruído sobre sua ideologia, que mais do que comunista era a da vida comum; ao seo Arão, pela ciência que tem incrustada no corpo; ao seo Chiquinho, pela sabedoria e experiência, os quais estão para além dos livros; ao seo Cosme, por ter feito minha defesa sem nem ter me dado conta; ao seo Zé Gomes, pela fé, cara e coragem e ao seo Filadélfio (in memoriam), que deixa saudade, agradeço pelo exemplo de vida e Luta.Eu lhes sou imensamente grata por terem me ensinado tanto, mas também por terem me enredado em suas vidas e me trazido para tão perto de suas famílias: seus filhos, filhas, netas e netos, genros e noras, amigos e amigas. Para isso não há palavras para agradecer, só afeto a emanar. Assim, peço-lhes licença e benção para fazer andar seus dizeres e histórias, e espero honrar a confiança e a dádiva de tê-las comigo partilhado.Ao povo andante e hospitaleiro das cidades de Trombas e Formoso, agradeço pelos caminhos abertos, pela liberdade e tranquilidade concedida para andar em suas ruas e corgos, pelos encontros corriqueiros regados de gentilezas e boa prosa.Aos que andam comigo desde antes, agradeço a meus pais, Antônio Carlos e Sandra, e a meus irmãos, Natália e João Gabriel. Vocês me ensinaram que não é preciso estar perto para estar sempre juntos. Nossos laços estão para além desses limites e vocês me deram amor, apoio e liberdade para conhecer outros caminhos, sem me deixar esquecer aquele que me leva de volta para casa. Amo vocês.À minha tia Lu e ao meu tio Zeca, lhes sou imensamente grata por todo o amor e apoio que me deram não só durante o período do doutorado, mas ao longo de todo a minha trajetória de estudo.À minha famíl...

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Fazendo a luta: sociabilidade, falas e rituais na construção de organizações camponesas

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