“…Evidentemente, a autopercepção de saúde analisada foi declarada no momento da coleta de dados, realizada após mudança de identidade religiosa ocorrida em período não investigado pela pesquisa. No entanto, essa limitação não invalida a suposição de que essa autopercepção de saúde "regular ou ruim" já estivesse dada no momento da mudança de religião, fomentando a mudança, visto que estudos qualitativos prévios realizados nas últimas décadas (Neves, 1984;Mariz, 1994;Machado, 1996;Chesnut, 1997;Mafra, 2000Mafra, , 2002Medeiros, 2000;Mello e Oliveira, 2013, entre outros) relacionaram a busca de novas religiões a momentos de crise de saúde. Além disso, vá-rios desses pesquisadores sugerem que muitas das curas não levam a uma superação total do problema de saúde, os indivíduos "curados" passam a conviver melhor com a doença, mas mantêm a consciência de que têm problemas de saúde (Mariz,1994;Mello e Oliveira, 2013, entre outros).…”