“…A apresentação de Carpeaux é exemplo da trajetória biográfi ca comum à fortuna crítica de Carpentier: o romancista precisava se tornar o intelectual nacionalizado pela Revolução Cubana. Nesse sentido, também a operação que defi niria seu "nome de autor" é uma estratégia que visa ao controle da leitura de sua obra (Felippe, 2014) Elaborada em um tempo diegético, a narrativa faz com que passado e futuro incidam na memória presente do escravo, que conta sua história, mas não é o narrador do romance. O autor assinala que narra fatos ocorridos "na ilha de São Domingos, numa época determinada, que não alcança o período de uma vida humana, deixando-se que o maravilhoso emane livremente de uma realidade estritamente seguida em todos os seus detalhes".…”