Sob a sombra de Carmen Miranda e do carnaval: brasileiras em Los Angeles

Abstract

ResumoNeste artigo, analiso como brasileiras de classes média e média alta em Los Angeles lidam com o fenômeno da exotização das suas imagens. Observo que, embora originalmente articuladas a partir de Hollywood (Carmen Miranda) nos limites da hierarquia entre as nações e do colonialismo, essas imagens são hoje alimentadas e recriadas também pelos próprios brasileiros. Uma das idéias centrais que defendo aqui é que embora tais imagens inicialmente restrinjam a ação das brasileiras, uma vez que sempre impõem o diálogo com os seus conteúdos, elas não o fazem permanentemente, ou seja, no processo de integração há espaço para a negociação de outras imagens e conteúdos e isto depende de fatores que vão além da exotização em si.

Para pensar las redes transnacionales: itinerarios e historias migratorias de los capoeiristas brasileños en Madrid

“…En el caso de los brasileños, esta economía transnacional vinculada al emprendimiento migrante la encontramos en diferentes países, materializada en sectores comerciales muy diversos (Beserra 2007;Guizardi 2011bGuizardi , 2013aLins Ribeiro 1998;Machado 2004cMachado , 2005aPadilla 2008;Tsuda 2003). Está siempre conectada a la construcción de sentidos de autenticidad brasileña (Joseph Foto 2.…”

O imaginário social <Mulher Brasileira> em Portugal: uma análise da construção de saberes, das relações de poder e dos modos de subjetivação

“…Preconceito e discriminação que parece atingir todos os brasileiros (como se compusessem uma raça) e, especialmente, as mulheres brasileiras a partir do imaginário de hipersexualidade (independente de posições diferenciadas de classe). A influência desse imaginário na vida das imigrantes brasileiras é relatada também em outros países (Bezerra, 2007;Assis, 2011). No entanto, em Portugal, a situação parece ser mais cruel e com maior inferiorização das brasileiras -o que se acredita estar relacionado com a colonialidade mais presente nesse imaginário em Portugal.…”

Entre reflexões e práticas: feminismos e militância nos estudos migratórios

“…Ao mesmo tempo, almejei apontar um campo de investigação específico sobre imigrantes brasileiras praticamente inexistente, que é o da mobilização social e do associativismo político. Tal fato, é um acontecimento que exige um ponto de virada na produção acadêmica sobre essas mulheres, posto que a maioria dos estudos tem se debruçado sobre questões identitárias, mercado do sexo e tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual, inserção laboral, casamentos transnacionais (Almeida, 2008;Baldwin, 2010;Beserra, 2007;Cavalcanti, 2006;Margolis, 1998;Padilla, 2007;Piscitelli, 2011) promovendo dessa maneira, ainda que despropositadamente, um desconhecimento acerca de outras experiências e realidades.…”