O artigo, inicialmente, aborda a morte como tema de espetáculos palhacescos realizados pela autora e palhaça em sua pesquisa de doutorado, dentro de uma perspectiva entrelaçada com o pensamento trágico da afirmação da vida em Nietzsche. Diante do acirramento da crise sanitária e social eclodida na pandemia por covid-19 no país, o enfrentamento da morte por meio da poética cômica e palhacesca passa a ser considerado sob novos ângulos e questionamentos pela autora, tendo em vista a necropolítica (Mbembe, 2016) escancarada e imperante do governo de extrema-direita na presidência do Brasil no período. A partir desse contexto, são colocadas algumas questões para a criação artística sobre como enfrentar o que (nos) mata, entristece e oprime, através do jogo e da produção de humor na arte palhacesca, a favor da vida.