Este artigo tem por objetivo discutir criticamente a proposta de estudo de histórias de vida iniciada pela “Escola de Chicago” e retomada por estudiosos franceses a partir da década de 1970. Propõe-se uma metodologia de pesquisa que combine esta tradição com uma atenção à variação de escalas, conforme a proposta dos microhistoriadores italianos. Com base em um estudo da trajetória do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, argumenta-se que tal metodologia permite complexificar a análise das relações entre os sujeitos cujas trajetórias são enfocadas e sua inserção em diferentes ambientes sociais.