2017
DOI: 10.1590/s0104-59702017000400010
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Psicanálise e neurociências: contornos difusos? Notas em torno da noção de plasticidade cerebral

Abstract: Resumo “Psicanálise versus psiquiatria”, “inconsciente versus cérebro”, oposições clássicas entre diferentes perspectivas sobre o ser humano e o sofrimento mental. O artigo recupera alguns elementos dessa discussão e reflete sobre as formas como novas ideias sobre o cérebro e a biologia favorecem uma aproximação entre a psicanálise e as neurociências. Essas questões são redefinidas a partir da noção de “plasticidade cerebral”, que coloca o cérebro em um espaço aberto à interação com o ambiente social e à influ… Show more

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“…O primeiro estudo é intitulado "Psicanálise e neurociências: contornos difusos? Notas em torno da noção de plasticidade cerebral", de Maria Jimena Mantilla (2017). Neste artigo, a autora traz para o debate o embate que se perpetua entre os profissionais das ciências da saúde e psicológicas sobre as dicotomias psicanálise versus psiquiatria, inconsciente versus cérebro, ou seja, as oposições clássicas entre diferentes perspectivas sobre o ser humano e o sofrimento mental.…”
Section: Resultsunclassified
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“…O primeiro estudo é intitulado "Psicanálise e neurociências: contornos difusos? Notas em torno da noção de plasticidade cerebral", de Maria Jimena Mantilla (2017). Neste artigo, a autora traz para o debate o embate que se perpetua entre os profissionais das ciências da saúde e psicológicas sobre as dicotomias psicanálise versus psiquiatria, inconsciente versus cérebro, ou seja, as oposições clássicas entre diferentes perspectivas sobre o ser humano e o sofrimento mental.…”
Section: Resultsunclassified
“…Dessa maneira, a autora propõe uma reflexão sobre as formas como novas ideias sobre o cérebro e a biologia favorecem uma aproximação entre a psicanálise e as neurociências. Apoiado em autores como Nikolas Rose, Robert Castel, Michel Foucault, Alain Ehrenberg, entre outros, o estudo mostrou que essas questões são redefinidas a partir da noção de plasticidade cerebral, que coloca o cérebro em um espaço aberto à interação com o ambiente social e à influência terapêutica do dispositivo psicanalítico (Mantilla, 2017). Além disso, conceber o cérebro como um órgão plástico permite pensar em uma interseção entre a psicanálise e as neurociências.…”
Section: Resultsunclassified
“…As controvérsias se estabelecem na polaridade entre behaviorismo/neurociência e psicanálise/psicologia analítica que, segundo Mantilla (2017), produzem uma série de "deslocamentos semânticos" entre um polo e outro em torno de posturas epistemológicas e técnicas como "cientificismo versus 1 Maria Carolina de Araujo Antonio é doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos -UFSCar. Professora de Antropologia no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina -UEL.…”
Section: Maria Carolina De Araujo Antoniounclassified
“…Nesse sentido, apesar de afirmarem-se diferentes, os valores normativos assumidos seja pela psicanálise, seja pela psiquiatria pautada no modelo biomédico, fazem parte da produção de sujeitos e formas de subjetivação por saberes e práticas psi que se presta a uma "ressonância semântica" dos conceitos (Mantilla 2017). As controvérsias presentes no campo da saúde mental vão além do estatuto de verdade e legitimidade arrogado por cada saber e técnica terapêutica: ao invés de se estabelecer uma postura questionadora e transformadora, o conflito se dá pela autoridade do saber/poder de instruir modelos universalistas e normatizadores de enquadramento terapêutico dos transtornos mentais.…”
Section: Considerações Finaisunclassified