A saúde e a Companhia de Diamantes de Angola

Abstract

O uso da medicina em contextos coloniais é um tópico cada vez mais estudado e ilustra formas mais sutis de disseminação de poder por parte do Estado colonial. A Diamang contraria os estudos de empresas mineiras coloniais realizados até agora, trazendo algo de novo para as relações coloniais. Neste caso houve um cuidado extremo com a saúde dos trabalhadores e das populações da região. No entanto essa vigilância sanitária encontrava-se intimamente ligada com idéias de produtividade e constante melhoria na gestão dos recursos humanos disponíveis.

Precarity in Angolan diamond mining towns, 1920–2014: tracing agency of the state, mining companies and urban households

“…Diamang's African employees, coming from other provinces and neighbouring Congo, expanded from 2,300 in 1920 to approximately 10,000 in 1930, 15,000 in the next decade, to 25,000 in 1960 (Varanda 2004: 263). However, there are no population records for the province, let alone for each of the mining locations during these decades.…”

Investigação científica e política colonial portuguesa: evolução e articulações, 1936-1974

“…The subjects that have gained more interest are anthropology, engineering and medicine (namely: Roque, 2001;Carneiro et al, 2000;Diogo, 2009;Varanda, 2004;Bastos, 2007 andAmaral, 2008) and the period that has gained most study is the nineteenth century. There is no body of research, combining colonial history and the political and institutional history of science, that focuses on the development of the scientific research policy for the colonies and the articulations between the colonial state's political and ideological objectives, the development models imposed on the colonial territories, and the international scenario.…”