1999
DOI: 10.1590/s0104-59701999000300009
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Da natureza do homem Corpus hippocraticum

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“…Acredita-se estar no cérebro o lugar da mente, da consciência, da memória, das doenças do mundo psi; a idéia de que o cérebro é condição suficiente para a existência do que entendemos como "indivíduo" parece ter entrado para o mundo dos fatos científicos, que repetimos cotidianamente quando falamos sobre os estados de saúde/doença mental. Na multiplicação de discursos sobre o cérebro e as doenças a ele associadas, alguns temas aparecem com maior preeminência, caso da depressão e da ansiedade; estas doenças, nos termos da leitura biomédica contemporânea que se faz delas, surgem com uma roupagem que pouco tem em comum com as explicações de ordem psicanalítica ou com a leitura do sistema humoral (Cairus 1999). Mostrarei que, com diferentes vocabulários, autores remetem ao surgimento de um "sujeito cerebral" (Ehrenberg 2004;Vidal 2005), figura que ganharia força no final do século XX, acompanhada de uma profusão de discursos sobre neurotransmissores e sua conexão com a saúde mental, tecnologias de visualização do cérebro e um borrar das fronteiras entre cé-rebro, o órgão, e idéias menos materializáveis, como a de mente.…”
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“…Acredita-se estar no cérebro o lugar da mente, da consciência, da memória, das doenças do mundo psi; a idéia de que o cérebro é condição suficiente para a existência do que entendemos como "indivíduo" parece ter entrado para o mundo dos fatos científicos, que repetimos cotidianamente quando falamos sobre os estados de saúde/doença mental. Na multiplicação de discursos sobre o cérebro e as doenças a ele associadas, alguns temas aparecem com maior preeminência, caso da depressão e da ansiedade; estas doenças, nos termos da leitura biomédica contemporânea que se faz delas, surgem com uma roupagem que pouco tem em comum com as explicações de ordem psicanalítica ou com a leitura do sistema humoral (Cairus 1999). Mostrarei que, com diferentes vocabulários, autores remetem ao surgimento de um "sujeito cerebral" (Ehrenberg 2004;Vidal 2005), figura que ganharia força no final do século XX, acompanhada de uma profusão de discursos sobre neurotransmissores e sua conexão com a saúde mental, tecnologias de visualização do cérebro e um borrar das fronteiras entre cé-rebro, o órgão, e idéias menos materializáveis, como a de mente.…”
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