2002
DOI: 10.1590/s0104-44782002000100009
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Escravos de peleja: a instrumentalização da violência escrava na América Portuguesa (1580-1850)

Abstract: Este artigo discute o lugar da violência nas relações escravistas na América portuguesa. Para além da prática senhorial do castigo e do recurso escravo à rebeldia, atenta-se para a relativa normalidade da mobilização de escravos para o exercício da força ao lado de seus senhores como mais um mecanismo de reiteração da dominação escravista. Discutem-se também as variações pelas quais passou o fenômeno, além de seu significado para a reavaliação das concepções relativas ao cativeiro. -CHAVE: escravidão; violênci… Show more

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“…No ano de construção do novo templo, que originalmente foi erguido pelas mãos de negros livres e escravizados no século XVIII (LIMA, 2002), a região do Alto São Francisco, em Curitiba, passava por transformações. Conhecida por ter uma forte presença da comunidade negra no século XIX e início do XX, assim como de camadas ligadas ao operariado, a região vivenciou um esvaziamento paulatino desses sujeitos que, com a modernização do centro da capital, passaram a habitar cada vez mais as franjas da urbe, na medida em que o custo de vida e os interesses público-privados limitavam suas esferas de atuação (BARACHO; SUTIL, 2020).…”
Section: Narrativas Entre O Real E O Imagináriounclassified
“…No ano de construção do novo templo, que originalmente foi erguido pelas mãos de negros livres e escravizados no século XVIII (LIMA, 2002), a região do Alto São Francisco, em Curitiba, passava por transformações. Conhecida por ter uma forte presença da comunidade negra no século XIX e início do XX, assim como de camadas ligadas ao operariado, a região vivenciou um esvaziamento paulatino desses sujeitos que, com a modernização do centro da capital, passaram a habitar cada vez mais as franjas da urbe, na medida em que o custo de vida e os interesses público-privados limitavam suas esferas de atuação (BARACHO; SUTIL, 2020).…”
Section: Narrativas Entre O Real E O Imagináriounclassified
“…Havia uma simbologia porque um oratório aumentava a proteção espiritual; era um cabedal nada desprezível, representava status social (CHAHON, 2008;SILVA, 2017). Acresce-se o prestígio diante dos vizinhos que se tornavam clientes, afilhados, compadres que, por lealdade e subordinação, pegavam em armas (COSTA, 2013;LIMA, 2002;. Viver nestas vastíssimas regiões sem família, consanguínea ou espiritual, poderia ser, quando não inviável, difícil.…”
Section: Contando E Classificando Gentes Da Freguesia De Vila Boaunclassified
“…Pelos registros de óbito utilizados na pesquisa de Carlos Alberto Lima (2002), e pelos estudos de Elvira Mari Kubo (1974), notamos o aumento do número de fiéis frequentadores da Igreja, o que significou um aumento do número de escravos ou um aumento em sua rotação. As instituições em si poderiam, em nossa visão, ser uma resistência ao sistema escravista.…”
Section: Conclusãounclassified
“…A primeira regra para ser aceito no Brasil nessa época era ser Cristão -algo que conflui com os compromissos dessas instituições, que possuem como regra, o confrade seguir e professar a fé católica. Para Carlos Lima (2002), as visões do século XVIII sobre as confrarias negras, mostram que as irmandades teriam uma especificidade, a de ser algo "inocente", uma singela expressão de aflição, ou seja, o universalismo católico estaria seguro. Sendo assim, "as irmandades eram regidas pelos compromissos que deveriam ser aprovados pela Igreja Católica, Presidente de Provín-cia e pela autoridade monárquica" (SOUSA JÚNIOR).…”
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