2001
DOI: 10.1590/s0104-44782001000100011
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Em busca do tempo perdido: utopia revolucionária e cultura engajada no Brasil

Abstract: Marcelo Ridenti, professor de Sociologia na UNICAMP, vem se constituindo como uma referência importante na historiografia da esquerda brasileira. Se o seu livro anterior -O fantasma da revolução brasileira (Unesp, 1995) -já apontava, em parte, para a importância da relação entre cultura, ideologia e política, no seu trabalho mais recente -Em busca do povo brasileiro -ele aprofunda essa relação para tentar "desvendar os imaginários e as ações dos artistas e intelectuais de esquerda, embasados nas classes médi… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2008
2008
2023
2023

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(1 citation statement)
references
References 1 publication
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…No caso de uma arte engajada numa perspectiva de manutenção da ordem social vigente, temos o exemplo emblemático da cineasta Leni Riefensthl, que direcionou seu talento para a glorificação do nazismo. No caso do Brasil e da América latina, o engajamento consciente produziu obras vinculadas à luta pela emancipação social, com forte carga emocional, inovação formal, com limitação técnica e, certamente, problemáticas por apostarem na arte como sendo em si mesma ação revolucionária (MESTMAN, 2007;NAPOLITANO, 2001;VÁSQUEZ, 2013). Sobre a política na arte, parece-nos que este perpassa todas as obras de arte independente da consciência de seus produtores, ao longo da revolução russa, Trotski (2009) contrapôs-se ao movimento de criação de uma arte pretensamente proletária, percebendo que mesmo artistas conservadores, vinculados à velha ordem sofreram impactos da revolução e absorveriam ao longo de suas vidas as inovações e conteúdo da luta emancipatória, logo os artistas deveriam ser plenamente livres para a escolha do percurso de sua criação, o revolucionário defendeu também, junto a Breton, a autonomia da produção artística em relação às determinações políticas externas aos artistas (BRETON;TROTSKY, 1985).…”
Section: Arte Sociedade E Políticaunclassified
“…No caso de uma arte engajada numa perspectiva de manutenção da ordem social vigente, temos o exemplo emblemático da cineasta Leni Riefensthl, que direcionou seu talento para a glorificação do nazismo. No caso do Brasil e da América latina, o engajamento consciente produziu obras vinculadas à luta pela emancipação social, com forte carga emocional, inovação formal, com limitação técnica e, certamente, problemáticas por apostarem na arte como sendo em si mesma ação revolucionária (MESTMAN, 2007;NAPOLITANO, 2001;VÁSQUEZ, 2013). Sobre a política na arte, parece-nos que este perpassa todas as obras de arte independente da consciência de seus produtores, ao longo da revolução russa, Trotski (2009) contrapôs-se ao movimento de criação de uma arte pretensamente proletária, percebendo que mesmo artistas conservadores, vinculados à velha ordem sofreram impactos da revolução e absorveriam ao longo de suas vidas as inovações e conteúdo da luta emancipatória, logo os artistas deveriam ser plenamente livres para a escolha do percurso de sua criação, o revolucionário defendeu também, junto a Breton, a autonomia da produção artística em relação às determinações políticas externas aos artistas (BRETON;TROTSKY, 1985).…”
Section: Arte Sociedade E Políticaunclassified