A questão da centralidade em São Paulo: o papel das associações de caráter empresarial

Abstract

Neste artigo pretende-se discutir uma série de questões referentes à centralidade no contexto urbano de São Paulo. Nosso objetivo é determinar: a) como os principais grupos privados se organizam para definir a localização espacial do moderno setor terciário; b) como tais organizações pressionam o poder público, visando obter benefícios de infra-estrutura de equipamentos urbanos; c) quais são as respostas concretas dos poderes públicos; e d) quais são os principais grupos sociais, oriundos das classes populares, mais atingidos por esse jogo de interesses.

Placeand Process: Culture, Urban Planning, and Social Exclusion in São Paulo

“…A combination of urbanistic think tank and urban policy lobbyist, the Viva o Centro includes representatives from major financial institutions, prestigious businesses, and influential organizations, in addition to prominent urban planners, architects and scholars. Unsurprisingly, many of the 474 D. Sandler association's proposals have become part of official urban policies and discourses both at the state and municipal levels (Frú goli, 2001;Fix et al, 2001). This is the case of the Luz Cultural Pole, which the association claims as one of 'our achievements' ('nossas conquistas') on its official website (Viva o Centro, 2004).…”

Cidade à venda: reflexões éticas sobre o marketing urbano

“…Em tais regiões propaga-se a crença de que seu atraso somente poderia ser superado com a adoção de um ideário em que valores como a livre concorrência, o apreço ao trabalho e o mito do vencedor (self-made-man) deveriam ser estendidos a todos os níveis sociais. Entendida por esse aspecto, a globalização trouxe consigo uma nova percepção da realidade, em que não só as pessoas, como as empresas e até mesmo as cidades (Sánchez Garcia, 1999;Frúgoli Jr., 2001) e países deveriam dar o melhor de si, para atingir os seus objetivos numa escala mundial, uma vez que a lógica da efetividade do mundo da performance (Dupas, 2000:56-57), sob o prisma da valorização dos vencedores (Fonseca, 1999), seria algo plenamente aplicável a todas as esferas: locais, regionais e internacionais.…”

Memórias insurgentes: resistências na Vila Autódromo e na Vila União de Curicica em contexto olímpico

“…O estudo dos processos de construção de um bairro como a Barra da Tijuca, que vem se forjando como nova centralidade (FRÚGOLI JR, 2001) na geografia simbólica do Rio de Janeiro, enriquece as discussões acerca dos processos de fazer-cidade (AGIER, 2015) e colaboram com a análise dos novos paradigmas…”