O papel dos profissionais de saúde, em especial o médico, no tabagismo,considerado um grande problema de saúde pública, reveste-se de grande importância já que lhe cabe intervir no processo saúde/doença, para promover a saúde, prevenir, tratar e reabilitar os pacientes quanto às consequências desse uso. O objetivo do estudo foi verificar a incidência e o grau de dependência ao fumo de estudantes de medicina matriculados nas quatro primeiras séries do curso. Trata-se de um estudo descritivo do qual participaram 67 estudantes de medicina de uma universidade do interior paulista que se declararam fumantes. Para a coleta de dados, utilizou-se um instrumento autoaplicável com questões referentes ao perfil sociodemográfico e o Teste de Fargestrom. Os resultados mostraram maior número de homens fumantes e 32,8% deles afirmam viver com não fumantes. Entre eles, 58,2% têm vontade de parar de fumar e 64,2% já tentaram parar alguma vez na vida. O principal motivo alegado para o inicio do hábito de fumar foi influência de amigos. Quanto ao grau de dependência, 50,7% apresentam muito baixo; 22,4%, grau de dependência baixo e 10,4%, dependência média. Concluiu-se que o desenvolvimento de intervenções junto a essa população pode levar a resultados satisfatórios, tendo em vista o baixo grau de dependência da maioria, o que traria benefícios na melhoria de sua qualidade de vida, além de possibilitar influência positiva entre as pessoas sob seus cuidados.