Assim como em diversas esferas do serviço público brasileiro, os Institutos Federais (IFs) têm recorrido à contratação indireta de profissionais para a ampliação de seu quadro, a fim de atender à crescente demanda por serviços de apoio à escolarização dos estudantes público da Educação Especial. Neste sentido, questiona-se como as equipes de servidores efetivos têm se organizado para integrar, ao trabalho desenvolvido no campus, os profissionais de contratação indireta ou outros vínculos empregatícios. Com o objetivo de analisar as impressões dos servidores das Equipes Multiprofissionais (EMPs) sobre o processo de terceirização dos serviços de apoio educacional nos IFs, foi realizada sessão reflexiva virtual com 15 servidoras das EMPs de IFs das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, como parte de uma pesquisa colaborativa. A coleta dos dados ocorreu a partir da aplicação do roteiro de sessão reflexiva, que foi gravada para posterior transcrição e análise, por meio de mapas de associação de ideias. Observou-se a existência de sentimentos conflitantes, com a crença de que tais profissionais poderiam contribuir para diminuição da sobrecarga das equipes de servidores efetivos, aliada à preocupação quanto à precarização da qualidade do trabalho desenvolvido em decorrência da formação profissional, condições laborais, limites de atuação e alta rotatividade de profissionais. Na impossibilidade de reversão imediata dessa tendência, evidencia-se a necessidade de fortalecimento das EMPs enquanto espaço colaborativo, formativo e reflexivo, no intuito de dirimir lacunas oriundas da precarização dos serviços de apoio educacional nos IFs.