2004
DOI: 10.1590/s0104-026x2004000200006
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Negociando o feminismo pop na cultura jovem feminina: um estudo empírico com fãs de grupos femininos

Abstract: O fenomenal sucesso globalizado das Spice Girls vem sendo acompanhado, desde seu início, tanto por reações negativas quanto por positivas. Isso acontece não só entre seu público predominantemente pré-adolescente, mas também com críticos e estudiosos adultos. A história desse grupo feminino é um excelente exemplo do estrelato moderno, conforme caracterizado por Lawrence Grossberg:1 as Spice Girls são um grupo musical organizado conforme estratégias de mercado. As jovens são celebridades sem história, catapultad… Show more

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“…[6] É importante destacar que as Spice Girls foram um produto da música pop primeiramente planejado para alcançar as garotas, com destaque para o público, em geral, pré-adolescente (FRITZSCHE, 2004), como nos mostram as canções e performances do grupo, enaltecendo a rebeldia, a sororidade e o poder feminino (o Girl Power), bem como as bonecas, pirulitos, camisetas e outros produtos com a marca das Spice Girls. Iniciando como grupo em 1994, as cantoras tinham entre 18 e 22 anos, o que justifica a escolha do nome Spice Girls, uma referência a idade das garotas.…”
Section: Notasunclassified
“…[6] É importante destacar que as Spice Girls foram um produto da música pop primeiramente planejado para alcançar as garotas, com destaque para o público, em geral, pré-adolescente (FRITZSCHE, 2004), como nos mostram as canções e performances do grupo, enaltecendo a rebeldia, a sororidade e o poder feminino (o Girl Power), bem como as bonecas, pirulitos, camisetas e outros produtos com a marca das Spice Girls. Iniciando como grupo em 1994, as cantoras tinham entre 18 e 22 anos, o que justifica a escolha do nome Spice Girls, uma referência a idade das garotas.…”
Section: Notasunclassified
“…Ser fã não significa apenas gostar, mas participar de uma trama de relações, sentir-se parte de uma comunidade com características próprias -temáticas comuns, discussões específicas, sua própria economia simbólica. Talvez mais do que isso, o sentido do reconhecimento -tornar-se alguém entre aqueles que compartilham determinadas práticas e representações (Fritzsche, 2004;Marques, 2010;Curran, 2010;Auxílio, Martino & Marques, 2013). O espaço da recepção e circulação se orienta em termos de uma nova criação de sentidos; se é possível falar, com Maria Teresa Cruz (1986), em uma "estética da recepção", é importante lembrar que no atual circuito de bens culturais, é necessário levar em consideração as poéticas da recepção, isto é, as maneiras como fãs e consumidores conseguem recriar materialmente os sentidos e significados que dão às mensagens recebidas.…”
Section: O Gosto Como Prática De Identidadeunclassified
“…Para além do consumo, quando assumem o papel de fãs, essas meninas se envolvem de maneira engajada com seus produtos midiáticos preferidos. É possível identificar nas fãs de Paula Pimenta um comportamento característico da cultura dos fã-clubes, tal como aponta Fritzsche (2004): têm conhecimento profundo sobre o assunto, estabelecem laços rituais de amizade entre si e, por vezes, "imitam" o ídolo. Para a autora, "a cultura de fã-clube proporciona a elas a oportunidade de abordar ludicamente questões de autorrepresentação, confiança e heterossexualidade, que podem, embora não necessariamente tenham que, ser utilizadas para resistência" (FRITZSCHE, 2004, p. 113 Para as fãs, a viagem é uma rara oportunidade de ultrapassar a interação mediada, para a qual Rojek usa o termo "interação parassocial": O termo "interação parassocial" é usado para se referir a relações de intimidade construídas através da mídia, e não pela experiência direta e encontros cara a cara.…”
Section: Celebridade Mídia E Juventudeunclassified