ResumoEste artigo objetiva analisar como o movimento social contemporâneo Marcha Mundial das Mulheres lida com a categoria raça e classe, e com as especificidades das mulheres subalternas. Já em sua primeira edição (em 2000), a Marcha se tornou um importante espaço de luta e empoderamento de mulheres, bem como uma ferramenta de pressão para dar visibilidade às demandas feministas frente ao Estado e ao cenário internacional.Como um movimento transnacional, a MMM aglutina e condensa demandas, podendo assim resultar em uma categorização generalizada e única das reivindicações das mulheres. Através da teórica Silvia Rivera Cusicanqui, busca-se compreender como a MMM, enquanto movimento advindo de um país desenvolvido insere pautas eurocêntricas na realidade latino-americana e como as mesmas são fomentadas e adequadas às mulheres que sofrem com a exclusão patriarcal e colonial. Com
AbstractThis article analyzes how the contemporary social movement "World March of Women" deals with the factor of race and class and with the specifics of the subaltern women.Already in its first edition (in 2000), the March became an important space of struggle and empowerment for women, as well as a pressure mechanism to give visibility to feminist demands before the state and the international scene. As a transnational movement, MMM gathers and condenses demands, which can result in a general and single categorization of the claims of women. Through the theory of Silvia Rivera Cusicanqui, we seek to understand how the MMM, as a movement arising from a