“…Nesse sentido, gênero é uma atividade, um fazer que é performado para alguém (real ou imaginário) e que produz efeitos relacionais, portanto, é contextual, contingente e dinâmico, revelando como o campo semântico de gênero não se esgota em categorias fechadas e binarias, e como as performatividades subversivas de gênero no nível micro das relações entre as pessoas presas atuam enquanto mecanismos de agencia, resistência e, muitas vezes, sobrevivência para a população presa. Nas prisões, retomando a Davis (2003), se produz e reproduz um mundo social que pode ser interpretado através e ao revés das fronteiras das nações-Estados, raças, gêneros e sexualidades (Davis, 2003).…”