Mulheres organizadas nos mais diversos movimentos e regiões do Brasil têm buscado acessar diferentes componentes do desenvolvimento. No artigo, a partir de um estudo comparativo entre dois estados da região Norte do Brasil (Amazonas e Tocantins), buscamos verifi car se os estados têm incorporado a perspectiva de gênero, e de que forma a atuação organizada das mulheres tem contribuído para o desenvolvimento regional. A pesquisa apontou que o atual modelo de desenvolvimento do Amazonas e do Tocantins não leva em consideração as questões de gênero, e os movimentos de mulheres não têm força política para questionar esse tipo de desenvolvimento, pois os espaços de governos descentralizados, na atual conjuntura, não apresentam a legitimidade necessária para intermediar o diálogo da sociedade civil com os governos estaduais.