Plasma rico em plaquetas (PRP) faz parte de um grupo de compostos bioquímicos conhecidos coletivamente como agregados plaquetários. Atualmente, PRP vem sendo utilizado como melhorando e acelerando a regeneração tecidual em diversas áreas da medicina veterinária e humana. A finalidade da obtenção do PRP é conseguir um material autólogo concentrado em plaquetas, fibrina e leucócitos diluídos em um pequeno volume de plasma. A pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do i-PRP (in vitro) em microrganismos colonizadores do ouvido externo de cães. Na primeira parte do estudo, o PRP foi preparado utilizando o sangue de um cão atendido no Hospital Veterinário (HOVET) UNIP-Campinas e incubado em meio de cultura (BHI) com bactérias provenientes do laboratório da universidade. Posteriormente, as amostras de microrganismos utilizadas foram coletadas de swabs com conteúdo auricular de 3 cães atendidos no HOVET positivos para Malassezia. As amostras foram incubadas com PRP e analisadas 24, 48 e 72 horas após incubação. Os resultados mostraram que o PRP apresentou efeito inibitório nas bactérias (S. aureus e E. coli). Esses resultados são explicados devido ao PRP possuir uma grande quantidade de plaquetas e leucócitos que liberam fatores de crescimento, peptídeos bioativos e citocinas com ação antimicrobiana. Considerando que o PRP é alogênico, econômico, minimamente invasivo, e eficiente, acreditamos que o PRP pode ser um material conveniente para ser usado como uma opção antimicrobiana na medicina veterinária.