Residência Multiprofissional em Saúde: (trans)formação para o SUS em comunidades quilombolas

Abstract

Resumo A inserção e atuação profissional, no Sistema Único de Saúde (SUS), suscita debates e reflexões a respeito da formação de profissionais. Dessa forma, uma das estratégias para a obtenção de formação para o SUS são as Residências Multiprofissionais em Saúde (RMS). Neste estudo, objetivamos analisar as transformações no cotidiano dos serviços de saúde com a inserção do programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, com ênfase na saúde da população do campo (RMSFC). Trata-se de um estudo de caso, de natureza qualitativa, tendo como participantes os atores que compõem o quadrilátero da formação, através de entrevistas semiestruturadas. Utilizamos a análise Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), com o intuito de fazer o tratamento dos dados. Consideramos que esta pesquisa nos permitiu, ainda, visualizar as práticas e as transformações ocorridas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) após a inserção da RMSFC. Assim, temos informações importantes para refletir acerca de estratégias de formação de profissionais para trabalhar no SUS, especificamente no contexto da Saúde da População do Campo, contemplando comunidades quilombolas.

Assanhando o formigueiro: a inserção em organização política no processo formativo de residentes em saúde de Pernambuco

“…Este incentivo aconteceu de modo verbal, a partir de falas provenientes principalmente da coordenação, de tutores ou professores, e através do reconhecimento dessas participações como carga horária da residência, prevista no componente teórico-prático, e da possibilidade de concessão de espaços para realização de reuniões. A garantia que as residências institucionalizem a inserção desses espaços na estrutura da residência tem potencial para provocar os serviços, preceptores e tutores na direção da mobilização política, visto que há evidência que a presença de residentes influencia de modo positivo os serviços 23 .…”