O estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doença

Abstract

São enfocadas as dificuldades do instrumento epidemiológico em lidar com as questões postas pelos problemas contemporâneos de saúde, nos quais o conceito de estresse encontrará ampla difusão. Assim, apresenta-se uma discussão sobre o arcabouço teórico-conceitual da teoria do estresse e seus desdobramentos. Além disso, são assinaladas as limitações do método e dos modelos epidemiológicos disponíveis, ao abordarem: 1) manifestações cuja previsibilidade não é delimitável; 2) fenômenos que se encontram em níveis hierárquicos distintos. Nesses casos, a teorização subjacente à noção de risco, utilizada para explicar o adoecer referido ao nível individual, mostra-se insuficiente. A complexidade do processo saúde-doença demanda outro paradigma epistêmico que permita ao sujeito da ciência epidemiológica desenvolver outras formas de demarcar e compreender seu objeto.

Tópicos em Ciências da Saúde - Volume 19

“…A exposição contínua ao estresse relacionado ao trabalho ou por menor que seja o estresse, é um fator determinante dos transtornos depressivos e de outras doenças, tais como: síndrome metabólica, fadiga crônica, tensão muscular, distúrbios do sono, problemas respiratórios, diabetes, Síndrome de Burnout e outros agravos de cunho emocional, afetando inclusive as relações sócias (LIPP, 2001;LIPP;TANGANELLI, 2002;MUROFUSE et al, 2005;CASTIEL, 2005) A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu que a qualidade de vida engloba cinco dimensões: saúde física, saúde psicológica, nível de dependência, relações sociais e ambientais (GOULART; SAMPAIO, 2004). O Ministério da Saúde reconhece que trabalho contribui para alterações na saúde mental a partir de vários aspectos: desde fatores específicos, exposição a agentes tóxicos, até fatores de organização do trabalho, como divisão de tarefas, politicas gerencias e hierarquia (DIAS, 2001) Os profissionais comprometidos em atividades em que há convívio direto com o público, como os da educação e da saúde, estão mais expostos aos riscos psicossomáticos (GASPARINI et al, 2006;CARLOTTO;PALAZZO, 2006).…”

Physical activity in commuting, household, leisure-time, or work: which domain is associated with lower stress in adult workers?

“…Na análise estatística, empregou-se a Regressão de Poisson com ajuste para variância robusta, no programa Stata 13.0. As mulheres fisicamente ativas (19,9%;IC95%: 19,7) no lazer apresentaram menor ocorrência de estresse do que aquelas fisicamente inativas (14,2%;IC95%: 13,(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)(12)(13)(14)(15)2). Entre os homens, aqueles fisicamente ativos no domicílio (11,6;IC95%: 11,(1)(2)(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)(12)0 vs. 12,9%;IC95%: 12,(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)(12)(13)5), no lazer (10,<...>…”

“…This is primarily due to the continuous release of glu-cocorticoid hormones, such as cortisol, the increased concentration of which interferes incisively with the subject´s routine 2,3 . In the epidemiological panorama, approximately 14% of chronic diseases are the result of neuropsychiatric disorders 4,5 , like stress, which can originate from different sources, such as the occupational setting [6][7][8] , post-traumatic 5 or chronic periods 9 , and other classifications drawn from the interpretation of the duration and dimension of the stress observed 7 .…”

“…Although a strong relationship between stress, work and lifestyle has been established, as well as the impact of different domains of physical activity on mental health 5,14,15 , these variables are little explored in Brazil and in the industrial sector in general. The aim of this study therefore, was to investigate the association of the physical activity domains and the types of physical activity practiced during leisure time, with the occurrence of stress in workers.…”

O estresse e sua relação com o desempenho acadêmico: um estudo com graduandos de Ciências Contábeis e Administração

“…Também no que se refere às competências adquiridas, as diretrizes estabelecem que os cursos devem fornecer competências e habilidades aos alunos para que estes possam trabalhar em organizações (BRASIL, 2004;2005).…”