2003
DOI: 10.1590/s0103-73312003000200004
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Limites à condenação do aborto seletivo: a deficiência em contextos de países periféricos

Abstract: Este artigo analisa a opinião apresentada por Adrienne Asch em "Diagnóstico pré-natal e aborto seletivo", presente na coletânea deste mesmo volume da Revista Physis. A posição de Asch, acerca do caráter discriminatório do aborto seletivo, será apreciada a partir da qualidade de sua retórica argumentativa. Em seguida, será revista à luz da realidade sociocultural do Brasil, país periférico, caracterizado, para fins de comparação com os Estados Unidos, como país de legislação proibitiva para o aborto, de incipie… Show more

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“…7 Esses controles de qualidade podem afastar a autonomia reprodutiva das mulheres e aproximá-las do mercado de saúde (SAXTON, 2006;Jen CELLIO, 2011;MILLER, 2011). Claro que há uma crucial diferença entre as realidades de países em que o aborto é uma escolha das mulheres e o Brasil, que só descriminaliza o aborto em três situações: gravidez resultante de estupro, com risco de vida para mãe ou com feto anencefálico (DINIZ, 2003a;Alessandra BARROS, 2003). Ainda que essa discussão ainda seja incipiente no Brasil, é pertinente para os casos de teste genético pré-implantacional.…”
Section: As Mulheres E As Maternidades Possíveisunclassified
“…7 Esses controles de qualidade podem afastar a autonomia reprodutiva das mulheres e aproximá-las do mercado de saúde (SAXTON, 2006;Jen CELLIO, 2011;MILLER, 2011). Claro que há uma crucial diferença entre as realidades de países em que o aborto é uma escolha das mulheres e o Brasil, que só descriminaliza o aborto em três situações: gravidez resultante de estupro, com risco de vida para mãe ou com feto anencefálico (DINIZ, 2003a;Alessandra BARROS, 2003). Ainda que essa discussão ainda seja incipiente no Brasil, é pertinente para os casos de teste genético pré-implantacional.…”
Section: As Mulheres E As Maternidades Possíveisunclassified
“…O apelo constante à emoção mediante histórias de forte conteúdo dramático e a influência histórica do modelo caritativo da filantropia religiosa no campo das deficiências fazem com que a relação dos pais ativistas e as associações (em especial as Associações de Pais e Amigos de Excepcionais [Apaes] e as Sociedades Pestalozzi) 1 com estes políticos tenda a assumir um caráter clientelista em muitos casos (Barros, 2003). O clientelismo, como aponta Barros, remete a "expressões de confusão e promiscuidade entre as esferas pública e privada", e acaba por afetar "a dinâmica das trocas estabelecidas no nível da participação cidadã na sociedade civil organizada " (2003: 43).…”
Section: Ativismo Cidadania E Deficiênciaunclassified
“…75 ASCH, 2003, p. 49. 73 ASCH, 2003Alessandra BARROS, 2003;e DINIZ, 2003b. 74 ASCH, 2003 ao abuso sexual.…”
Section: Violência De Gênero E Deficiência Violência De Gênero E Defiunclassified
“…Mais detalhes, ver em IBGE, 2011; e WHO, 2011. 6 Colin BARNES, Mike OLIVER e Len BARTON, 1998;e DINIZ, 2007. 7 Debora DINIZ, Flávia SQUINCA e Marcelo MEDEIROS (2007, p. 4) afirmam que "O Estado brasileiro incorporou a transversalidade de gênero e raça em grande parte das políticas sociais, mas é ainda rara a referência à deficiência".…”
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