Resumo: De acordo com a análise da literatura especializada, a tomada de decisão das companhias de petróleo sobre qual modelo de plataforma utilizar em cada campo se apoia principalmente em critérios técnicostais como Lâmina d'Água (LDA), profundidade do reservatório, condições ambientais etc. -e econômicostais como preço do petróleo e custo da plataforma, do sistema submarino e de manutenção. O objetivo deste artigo é jogar luz sobre essas questões a partir da literatura concernente à competição tecnológica, trazendo à tona conceitos como paradigma e trajetória tecnológica, dependência da trajetória, lock-in e lock out e design dominante. A metodologia adotada se apoia em revisão bibliográfica e em entrevistas semi-estruturadas com especialistas do setor de petróleo e gás natural. Partindo dos conceitos utilizados pela literatura sobre competição tecnológica, é possível identificar um paradigma atual, marcado pela exploração e produção de petróleo com a utilização de plataformas. No âmbito desse paradigma há duas trajetórias: a completação seca e a completação molhada. Associados a essas trajetórias, estão em competição diferentes modelos/designs de plataformas, tais como: FPSO, SS, TLP e Spar. A plataforma FPSO representa o design dominante. A existência de externalidades de redes e os retornos crescentes de adoção associados a esse modelo de plataforma concorreram para a soberania alcançada por tal design. Pode-se considerar o sistema de processamento submarino, uma descontinuidade tecnológica, estando associado ao surgimento de um novo paradigma, pois a forma de se produzir petróleo seria alterada radicalmente. Palavras-chave: competição tecnológica; águas profundas; petróleo; plataforma petrolífera.