Feminino: a controvérsia do obvio

Abstract

Este artigo procura refletir acerca do estatuto do "Feminino" a partir do modo como ele se põe na linguagem. Não se trata, evidentemente, de uma apreciação pormenorizada do referido objeto. Ao contrário, nos limites deste lexto, procuramos antes fazer aparecer os gaps e impasses cognitivos que isso que reconhecemos como feminino ou feminilidade produz e sustenta no plano da significação. Procurou-se, então, tratar o feminino como um controvertido episódio do sentido por meio do qual se podem discutir os domínios da linguagem, seus problemas e limites.

A invisibildade dos homens na proteção social básica: um debate sobre gênero e masculinidades

“…Por outro lado, ser homem também é associado a imagens de força e violência. Jaqueline Muniz (1992) tem interessante texto onde estuda as palavras de baixo calão 16 que se utiliza socialmente para nos referirmos às genitálias feminina e masculina. Em relação a esta última, a autora enfatiza a utilização de termos que destacam sempre a potência e a virilidade: "uma genitália potencialmente ativa, capaz de morder, picar, ferir, bater e cortar.…”

“…Cf. para aprofundar essa interessante discussãoMuniz (1992).18 "Bruto", "bicho", "cobra", "pica", "piru", "mala", "faca", "pistola", "ferro", "geba", "pau", "cacete", "caralho", "madeira" são alguns dos termos utilizados quando nos referimos ao pênis. Apesar desta lista não abarcar a multiplicidade de categorias que aparecem em nosso cotidiano, do seu conjunto é possível extrair uma determinada concepção de masculinidade.…”