O presente artigo avalia os potenciais e limites do pensamento educacional de Theodor Adorno, defendendo a ideia de que seus escritos pedagógicos não estão ligados a uma postura de desenvolvimento de um comportamento revolucionário por meio da instituição escola. A educação contém mais uma tarefa de resistência frente aos riscos de regressão à barbárie, do que necessariamente uma produção efetiva de sujeitos revolucionários. No entanto, isso não significa uma incorporação acrítica dos valores societais liberais-burgueses, e sim um giro ético em direção à uma subjetividade que esteja ligada ao próprio movimento histórico dos povos e das relações entre cultura e poder.