As danças estão atreladas a história do homem, uma vez que dançamos para nos comunicar, contar e recontar histórias, para expressar os sentimentos presentes nas vidas humanas, nos diversos cantos do mundo. O objetivo do estudo foi verificar as preferências de estilos músicais para dançar de estudantes de uma universidade pública de uma cidade do interior de Minas Gerais e compreender as possíveis relações entre as preferências dos estudantes e as interferências/influências da indústria cultural. Tratou-se de um estudo exploratório, transversal, contemplando 106 estudantes de graduação. Os resultados apontam que o Forró, Sertanejo e Funk foram os prediletos entre os entrevistados. Entende-se que os estilos preferidos pelos universitários representam em parte àqueles mais presentes nos meios de comunicação social, aos quais se atribui valores e significados transmitidos pelas letras das músicas que os jovens dançam, atribuem valores como o tratamento à mulher, os gestos de conotação sexual e a massificação dos corpos. Ressaltamos os interesses comerciais de grupos específicos, detentores de veículos de comunicação que atendem ao mercado de consumo de produtos (impostos), contribuindo para a massificação da cultura. Desta forma as danças midiáticas, distribuídas pelos meios de comunicação, seriam danças dedicadas ao mercado e não a criação artística.